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7 de Março de 2023 às 17:21

Mulheres vão às ruas nesta quarta 8 de Março contra a violência e por trabalho digno

Escalada de violência contra a mulher reforça urgência na retomada de investimentos em políticas públicas de proteção à mulher, que foram destruídas no governo passado


Crédito: Rovena Rosa/Agência Brasil

As centrais sindicais, os movimentos sociais e os movimentos feministas vão às ruas em diversas cidades do país nesta quarta-feira 8 de Março, Dia Internacional da Mulher, para chamar a atenção da sociedade sobre as desigualdades que potencializam as diversas formas de violência contra as mulheres, tanto no mercado de trabalho como em todos os espaços da vida.

Na região Centro-Norte, estão programados atos, com participação dos sindicatos de bancários, em Brasília, Belém, Cuiabá, Campo Grande, Rio Branco, Boa Vista, Macapá, Manaus, Goiânia e Palmas. Em Rondônia, o Sindicato lançará o Projeto Basta! nos próximos dias.

Além de denunciar todas as formas de discriminação e violência de gênero, como feminicídio, assédio sexual, violência física, sexual e psicológica, a pauta do #8M também inclui campanha contra a fome e as desigualdades, trabalho digno, autonomia econômica das mulheres, defesa da democracia e contra a anistia aos golpistas de 8 de janeiro.

Dados levantados por uma pesquisa realizada pelo Datafolha, encomendada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, apontam que houve um aumento nos índices de todas as formas de violência contra as mulheres em 2022.

Os números mostram que 50.692 mulheres sofreram violência todos os dias no ano passado. Houve uma piora em todos os aspectos segundo a pesquisa que menciona violência praticada com armas de fogo, facas, espancamento, tentativas de estrangulamento, humilhação e xingamentos.

Ainda de acordo com dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, somente no primeiro semestre do ano passado 699 mulheres foram vítimas de feminicídio, uma média de 4 mulheres por dia. É um número 3,2% maior do que o primeiro semestre de 2021, quando 677 mulheres foram assassinadas.

Os dados indicam um crescimento contínuo das mortes de mulheres em razão do gênero feminino desde 2019, período que coincide com o início da gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Em relação ao primeiro semestre de 2019, o crescimento no mesmo período de 2022 foi de 10,8%, o que aponta para a necessidade de priorização de políticas públicas de prevenção e enfrentamento à violência de gênero.

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Governo lança campanha para conter violência

O governo do presidente Lula (PT) vai anunciar nesta quarta 8, Dia Internacional da Mulhwer, um pacote de ações voltadas a promoção da igualdade e outras causas que fazem parte da pauta de reivindicações das mulheres .

O pacote inclui 25 ações, entre as quais a criação do Dia Nacional Marielle Franco, construção de Casas da Mulher Brasileira e oficinas de fabricação de absorventes em presídios femininos. São as seguintes ações:

  • Produtos em condições especiais no Banco do Brasil, como linha de crédito com taxa menor para agricultoras familiares ou empreendedoras.
  • Programa Empreendedoras Tec para empresas e projetos tecnológicos liderados por mulheres.
  • Dia Nacional Marielle Franco contra violência política.
  • Colocar como critério de desempate em licitações do governo federal a equidade de trabalhadores homens e mulheres nas empresas participantes.
  • Encontro Nacional das Mulheres das Águas e lançamento do prêmio Mulheres das Águas.
  • Lançamento do Programa Dignidade Menstrual para pessoas em situação de vulnerabilidade.
  • Edital de R$ 4 milhões para projetos municipais com foco na prevenção à violência e à criminalidade contra as mulheres.
  • Edital de R$ 1,5 milhão para financiar projetos para fomentar ações de geração de trabalho, renda e participação social para mulheres em situação de vulnerabilidade.
  • Doação de 270 viaturas para as Patrulhas Maria da Penha.
  • Reforço das estruturas das delegacias de atendimento à mulher.
  • Construção de Casas da Mulher Brasileira em capitais e no interior do país.
  • Desenvolvimento de encontros, eventos, debates e balanços no âmbito do Ministério da Justiça e Segurança Pública com foco em gênero.

 

Confira os atos do dia 8 de março em todo o país e participe:

Acre

Rio Branco: ato às 8h no espaço Kaxinawa

Alagoas

Maceió: Concentração para o ato na Praça Centenário, às 15h.

Arapicara: às 16h, na Praça da Prefeitura

Amapá

Macapá: às 16h30, na Praça da Bandeira

Amazonas

Manaus: às 15h30, na Praça da Saudade/caminhada até o Largo Sebastião, no centro

Bahia

Salvador: às 13h, caminhada da Lapinha ao Pelourinho (trajeto 2 de Julho). 

Ceará

Fortaleza: ato na Praça do Ferreira a partir das 14h. Às 16 haverá caminhada e panfletagem. O tema é “Pela vida das mulheres! Democracia, territórios e direitos: Contra a fome, a violência, o racismo e sem anistia para golpistas.

Distrito Federal

Brasília: Marcha com concentração no Eixo Cultural Íbero-americano (antiga Funarte), às 16h. De lá, as mulheres seguem até o Palácio do Buriti, para exigir do GDF políticas de enfrentamento à violência de gênero.

Espírito Santo

Vitória: Concentração às 14h na Praça Getúlio Vargas. Haverá caminhada até o Palácio Anchieta

Goiás

Goiânia: caminhada com concentração às 9 horas, em frente à Catedral Metropolitana, na Avenida Universitária, Setor Central. O tema é "Mulheres Vivas Mudam o Mundo".

Mato Grosso

Cuiabá: Ato às 7h30 na Praça Ulisses Guimarães 

Mato Grosso do Sul

Campo Grande: Ato às 8h na Praça Ari Coelho. O tema é “Mulheres em Resistência, Sempre Vivas e contra todas as Formas de Violência”.

Minas Gerais

Belo Horizonte: ato a partir das 16h, na Praça Liberdade. Caminhada às 17h pelas ruas da cidade. 

Pará

Belém: às 8h, no Largo do Redondo, com caminhada até a Assembleia Legislativa

Paraíba

João Pessoa: às 14h, concentração no Mercado Municipal de Mangabeira

Paraná

Curitiba: Marcha das Mulheres, com concentração a partir das 16h na Praça Santos Andrade. Às 18h, acontecerá um ato da Frente Feminista de Curitiba, Região Metropolitana e Litoral. Às 19h, ocorrerá a Marcha das Mulheres e seguirá em caminhada até a Boca Maldita para o ato de encerramento

Londrina: ato a partir das 17h30 no Calçadão em frente às Lojas Pernambucanas

Pernambuco

Recife: concentração no Parque 13 de maio, às 14h. Caminhada às 16h seguindo pela Rua do Hospício, passando pela Av. Conde da Boa Vista e Rua da Aurora até a ponte Princesa Isabel.

Piauí

Teresina: às 10h, marcha para o Palácio

Rio de Janeiro

Capital: às 16h, na Candelária, com marcha para a Cinelândia

Rio Grande do Norte

Natal: às 15h, no Midway 

Mossoró: às 8h, no Centro Feminista 8 de março

Rio Grande do Sul

Porto Alegre: a marcha será realizada às 17h, com concentração na Praça Matriz a partir das 14h. Ao longo do dia outras atividades também serão realizadas, inclusive uma audiência com o governador Eduardo Leite (PSDB)

Roraima

Boa Vista: às 9h, na Praça do Centro Cívico

São Paulo

Capital: ato às 17h no Vão Livre do Masp, na Avenida Paulista. “Mulheres em defesa da Democracia” será a bandeira levada às ruas. Antes, às 15h, haverá atividade no Espaço Cultural Lélia Abramo, na Rua Carlos Sampaio, 305 (próximo à Paulista).

São José dos Campos: Às 16h30 na antiga Câmara Municipal

Piracicaba: Dia 11 às 9h no Terminal Central de Integração
“Ocupe o Largo” no dia 19 às 16h no Largo dos Pescadores

Atibaia: 17h – local a definir

Santos: 17h – Estação da Cidadania (Avenida Ana Costa, 340, Vila Mathias)

Sergipe:

Aracaju: concentração com café da manhã, a partir das 7h, na Pça General Valadão. Haverá caminhada pelas ruas da cidade, além de panfletagem e diálogo com a população. Estão previstas apresentações culturais do Grupo Folclórico do Sintese e de mulheres artistas de Sergipe na Pça General Valadão.

Tocantins

 Palmas: às 9h, na Feira do Aureny I

 

Fonte: Fetec-CUT, com informações da CUT Brasil e Contraf-CUT


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