Um prenúncio da primavera ocorreu na manhã desta quarta-feira (16) pelas ruas de Brasília. Com o lema “Pela reconstrução do Brasil e pelo bem viver”, mais de 100 mil mulheres participaram da 7ª Marcha das Margaridas. A Marcha, que partiu do Parque da Cidade em direção à Praça dos Três Poderes, atraiu representantes de todas as regiões do país, pessoas de todas as faixas etárias e trabalhadoras de todos os setores.

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O evento foi reconhecido pelas organizadoras como a maior ação de massa dos últimos anos. “Com certeza este encontro não só retoma os grandes movimentos sociais, como também demonstra a força e a garra das mulheres brasileiras, sejam elas do campo ou da cidade”, destaca a secretária de Mulheres do Sindicato, Zezé Furtado.

Durante todo o trajeto, que durou cerca de 4 horas, seis carros de som transmitiam palavras de ordem e cantavam músicas de incentivo às mulheres que lutam por um Brasil melhor. Também faziam menção à trabalhadora rural nordestina e líder sindical Margarida Maria Alves, que, por sua luta e dedicação, dá nome ao evento. Margarida foi presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Alagoa Grande, na Paraíba, rompendo com padrões tradicionais de gênero no âmbito do trabalho.

No encontro deste ano, que marca os 40 anos do assassinato da líder sindical, foram levantadas proposições em torno de 13 eixos. A Marcha, que ocorre de quatro em quatro anos, trata de pautas políticas das mulheres do campo, da floresta, das águas e das cidades.

Resposta do governo

Ao final da caminhada, as “Margaridas”, como se denominam, ainda tiveram energia para acompanhar o discurso de Lula, que teve início com um pedido de desculpas do presidente por deixar as Margaridas por tanto tempo no sol. “Estou com dó de vocês que estão desde a madrugada andando aqui em Brasília. Mas digo a vocês: os poderosos, facistas, golpistas, podem matar uma, duas ou três ‘margaridas’, mas jamais impedirão a chegada da primavera.”

A 7ª Marcha das Margaridas terminou com a resposta do governo à pauta entregue por mulheres que saíram de todas as regiões do país. Leia mais aqui.

Rosane Alves
Colaboração para o Seeb Brasília