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15 de Agosto de 2024 às 20:35

Com paralisação de agências, Sindicato reforça luta por proposta digna na mesa de negociação da Campanha Nacional 2024


O Sindicato participou, nesta quinta-feira (15), de mais um Dia Nacional de Luta, para pressionar os bancos a apresentarem uma proposta digna para a renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) na próxima mesa de negociações, na terça-feira (20). Após sete encontros com o Comando Nacional dos Bancários, as negociações continuam travadas por causa da postura adotada pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) de não apresentar nenhuma proposta às reivindicações das cláusulas econômicas: aumento real dos salários, melhorias na PLR e demais remunerações, incluindo vales alimentação e refeição (VA/VR).

Em Brasília, a mobilização foi marcada pela paralisação das agências bancárias do Plano Piloto, com destaque para as do Santander, que permaneceram fechadas o dia todo. “A ganância dos banqueiros adoece e mata. Estamos na luta por emprego decente, segurança bancária e uma valorização justa dos trabalhadores. Por isso, estamos fazendo essa mobilização nos bancos e fechando a Direção Regional do Santander em Brasília”, ressaltou Rodrigo Britto, presidente da Fetec-CUT/CN e membro do Comando Nacional dos Bancários. “O Santander é quem está emperrando a mesa de negociação, “uma vez que é o banco que mais precariza e comete fraudes contra os direitos trabalhistas”.

A atividade contou com o apoio representantes de vários sindicatos filiados à CUT, como os vigilantes e bombeiros civis, além da Federação dos Trabalhadores no Comércio e Serviços. “Até agora, a Fenaban, que tem na sua coordenação Itaú, Bradesco, Santander, BB e Caixa, não apresentou nenhuma proposta concreta para as cláusulas econômicas, mas principalmente para as questões que sabemos que são caras para os bancários, como saúde, por exemplo. Nós queremos uma cláusula que trate do assédio moral, do assédio sexual e de todas as formas de violências organizacionais que ocorrem dentro das instituições financeiras”, pontuou Britto.

Os dirigentes sindicais exigem mais valorização para a categoria bancária. Eles enfatizam que os bancos fazem de tudo para reduzir as despesas e aumentar os lucros ainda mais. “Em 2023, 2.173 funcionários foram demitidos e 640 agências foram fechadas. Os clientes sentem as consequências desta ganância por lucros, com as filas enormes nas agências e a precarização do atendimento. E os bancários sofrem com a sobrecarga de trabalho e o adoecimento”.

Ganância dos banqueiros

Diretor do Sindicato, Sandro Oliveira reiterou: “A cada dia o Itaú vem mostrando a sua face mais cruel. Não se preocupa com o adoecimento dos bancários em função das metas abusivas, do fechamento de agências, precarizando o atendimento aos clientes, e com a diminuição de postos de trabalho, que levam às demissões sem justa causa. Ou seja, a única preocupação do banco é com o lucro”.

José Garcia, diretor da Fetec-CUT/CN, também reforçou: “Com relação ao Bradesco, nós temos lutas históricas, como ampliação do Saúde Bradesco para todos os dependentes, plano de cargos e salários. Além de questão dos produtos que são vendidos no banco, forçando os funcionários a atingirem metas. Ou seja, é um banco que só visa o dinheiro. Preocupação zero com os trabalhadores”.

“Estamos pressionando para que os bancos se posicionem e apresentem propostas que atendam as expectativas dos trabalhadores, principalmente o Santander, que tem sido o banco que mais tem dificultado o avanço das negociações e não apresentou nenhuma proposta decente”, endossou Eliza Espínola, diretora da Fetec-CUT/CN. E concluiu: “A participação de todos os bancários e bancárias nesta luta é fundamental”.

Mariluce Fernandes
Do Seeb Brasília


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