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18 de Junho de 2024 às 15:23

Bancários saem às ruas em todo o país no lançamento da Campanha Nacional de 2024

Em Brasília e São Paulo também houve manifestação contra juros altos em frente aos prédios do Banco Central. Todas as bases da Fetec-CUT/CN participaram dos atos


Bancários das bases de todos os sindicatos do país, inclusive os filiados à Federação dos Bancários do Centro-Norte (Fetec-CUT/CN), foram às ruas nesta terça-feira 18 de junho para lançar a Campanha Nacional da Categoria Bancária 2024, que tem como lema #ASuaLutaNosConecta. Em Brasília e em São Paulo, também houve manifestações em frente aos prédios do Banco Central para protestar contra os juros mais altos do mundo impostos pelo BC, que estrangulam o crescimento econômico do país.

Os atos ato de lançamento da Campanha Nacional ocorreram momentos antes da entrega da minuta de reivindicações à Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), em São Paulo.

“As negociações agora começaram oficialmente. Esperamos que por parte da Fenaban e dos bancos haja respeito dos bancários e bancárias. O futuro se faz juntos. Vamos à luta”, conclama Rodrigo Britto, presidente da Federação dos Bancários do Centro-Norte (Fetec-CUT/CN), integrante do Comando Nacional dos Bancários

“Nossa pauta é por emprego, por aumento real, por participação nos resultados, mas também é uma pauta pelo país, para que o Brasil tenha crédito mais barato e possa crescer, para que possa ter investimento público, investimento privado, geração de emprego e renda”, disse na avenida Paulista, em frente ao prédio do BC, a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e coordenadora do Comando Nacional dos Bancários, Juvandia Moreira. 

“Porque, se não tiver emprego, se não tiver renda, se não combater a desigualdade, também não vamos manter os empregos dos bancários. Nossa luta pelo Brasil é também uma luta pelos bancários e que vai nos trazer sucesso na nossa campanha”, acrescentou Juvandia, ressaltando que a minuta de reivindicações da categoria é fruto de construção coletiva, com base em uma série de encontros regionais pelo país e na Consulta Nacional, que ouviu mais de 47 mil trabalhadoras e trabalhadores dos bancos em todo o país.


“O sistema financeiro está indo para uma lógica de mercado que está acabando com as agências físicas, jogando tudo para o banco digital e tem uma série de bancos que nem são bancos, que estão aí dominando o mercado e os bancos estão tentando imitar esses bancos, reduzindo postos de trabalho, precarizando as relações de trabalho, precarizando as relações sindicais e a gente vai discutir tudo isso nessa campanha”, disse a presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, também coordenadora do Comando Nacional dos Bancários, Neiva Ribeiro.

Veja quais são as principais reivindicações da Campanha Nacional dos Bancários.

Redução dos juros

 

Em Brasília, os bancários fizeram manifestação em frente à sede do Banco Central, para protestar contra os mais altos juros do planeta impostos pelo grupo do presidente Campos Neto com o claro propósito de frear o crescimento econômico, concentrar mais a riqueza e reduzir o poder aquisitivo dos trabalhadores.

São Paulo, os bancários somaram forças com trabalhadores de diversas categorias representados pela CUT e pelas demais centrais sindicais na manifestação realizada em São Paulo, na frente da sede do Banco Central, na avenida Paulista, pela redução da taxa básica de juros (Selic). A redução da Selic é um dos eixos de reivindicação da Campanha Nacional dos Bancários 2024, aprovados durante a 26ª Conferência Nacional da categoria, no início de junho.

“Estamos aqui hoje dizendo que mantendo os juros tão altos, o Campos Neto está boicotando a economia brasileira, boicotando o crescimento econômico, boicotando o Brasil”, alertou Juvandia. “O mundo todo tem juros menores do que o Brasil. Não tem cabimento a gente manter essa política de juros, que promove o enriquecimento de 1% da população e inibe a melhoria de vida de 99% da população”, completou. 

“O Banco Central age independente da sociedade, independente do Congresso Nacional, mas dependente do sistema financeiro! Pratica uma política de juros altos para favorecer um grupo de super-ricos que domina o poder financeiro e determina quanto é a taxa de juros, para ganhar ainda mais, enriquecer ainda mais com suas aplicações, com seus negócios. Mas, dessa forma, atrapalham o governo de fazer investimento público, de investir em políticas públicas para a sociedade, moradia, transporte, educação, ciência e tecnologia, e uma série de outras coisas que também fazem parte da nossa pauta de reivindicações”, explicou Neiva Ribeiro. “É muito importante que a sociedade saiba que os bancários não estão preocupados só com a questão corporativa, mas também questione esses juros altos, que contribui para o endividamento das famílias, impedem o empreendedorismo”, disse Neiva.

 

Fonte: Fetec-CUT/CN, com Contraf-CUT

 


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