A categoria bancária voltou a se mobilizar nesta segunda-feira (19) para pressionar os bancos para que entreguem uma proposta completa de renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) que corresponda às reivindicações dos trabalhadores. As manifestações, marcadas na véspera da próxima mesa de negociação entre os trabalhadores e os representantes dos bancos, ocorrem principalmente nos locais de trabalho.
Em Ponta Porã, com apoio da CUT e do SIMTED, os diretores do SEEBPP-MS promoveram um diálogo direto com a população para explicar que a ganância dos banqueiros está levando a categoria bancária a tomar medidas mais drásticas, como paralisações no funcionamento das agências.
As negociações entre o movimento sindical bancário e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), para a renovação da CCT, começaram em 18 de junho e precisam terminar antes da data-base da categoria, que é em 1º de setembro.
Ao longo dos encontros, os bancos indicaram dificuldades em atender as principais reivindicações, argumentando a concorrência no setor. No entanto, somente nos três primeiros meses de 2024, os cinco maiores bancos do país lucraram R$ 29 bilhões e, em 2023, R$ 108,6 bilhões.
As principais reivindicações para remuneração da categoria para este ano são:
Reajuste salarial que corresponda à reposição pelo INPC acumulado entre setembro de 2023 e agosto de 2024, acrescido do aumento real de 5%;
Melhoria nos percentuais da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e melhorias nas demais verbas, incluindo tickets alimentação e refeição, auxílio creche e auxílio babá;
Fim da gestão por metas abusivas e que tem gerado adoecimento na categoria;
Reforço aos mecanismos de combate ao assédio moral e sexual;
Direito à desconexão fora do horário de trabalho;
Direito às pessoas com deficiência (PCDs) e neurodivergentes;
Suporte aos pais e mães de filhos com deficiência;
Mais mulheres na TI;
Combate à terceirização e garantia de empregos;
Jornada de trabalho de quatro dias;
Ampliação do teletrabalho.