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8 de Setembro de 2020 às 12:00

Após campanha histórica, bancári@s assinam acordos com Fenaban, Banco do Brasil e Caixa

Acordos garantem manutenção dos direitos dos bancários conquistados em um século de lutas. Pagamento da PLR e do abono deverá ser feito até 30 de setembro


Presidente da Fetec-CUT/CN, Cleiton dos Santos (1º à esq.), assina acordo com a Fenaban

(Atualizada dia 5, às 7h38)

A Federação dos Bancários do Centro-Norte (Fetec-CUT/CN), a Contraf-CUT e as federações e sindicatos que integram o Comando Nacional assinaram nesta sexta-feira 4 a Convenção Coletiva de Trabalho da categoria e os acordos aditivos com o Banco do Brasil e com a Caixa, válidos por dois anos. A assinatura dos acordos, que garantem os direitos dos bancários conquistados em um século de lutas, foi híbrida: parte realizada virtualmente e parte no Hotel Tívoli, em São Paulo. O pagamento da PLR e do abono deverá ser feito até 30 de setembro de 2020.

O acordo assinado com a Fenaban prevê para este ano reajuste de 1,5% sobre salários mais abono de R$ 2 mil para todos os bancários – o que garante, em 12 meses, valores acima do que o obtido apenas com a aplicação do INPC para salários até R$ 11.202,80, o que representa 79,1% do total de bancários. E ainda reposição da inflação (INPC estimado em 2,74%) para as demais verbas como VA e VR, e valores fixos e tetos da PLR. E para 2021 o acordo assegura aumento real de 0,5% sobre salários e demais verbas.

“Esse é um momento histórico. Enfrentamos as dificuldades provocadas pela pandemia e pelo distanciamento social, enfrentando o governo com seus ataques aos direitos trabalhistas através das portarias e MPs, e enfrentando também a postura dos bancos em querer retirar direitos da categoria bancária”, avalia Cleiton dos Santos, presidente da Fetec-CUT/CN, que participou da assinatura dos acordos em São Paulo.

“Enfrentamos e vencemos todas essas dificuldades. Por isso esse ato de hoje é histórico. A Federação Centro-Norte se faz presente e feliz por dar esse passo para marcar a história da organização da luta dos trabalhadores e da unidade nacional. Juntos, mantendo os direitos da categoria. Nenhum direito a menos. E a distância não nos separou. Juntos, seguimos firmes e fortes na luta da defesa da categoria”, acrescenta Cleiton.

› Veja aqui as principais conquistas das negociações com a Fenaban

“Esse acordo é resultado de muito trabalho, muita negociação feita pelo Comando Nacional, que é muito plural e tem muita unidade. Representamos em torno de 90% da categoria. Tivemos assembleias virtuais de fechamento com um público recorde votando. Foi com uma representatividade muito grande, com mais de 110 mil bancários que participaram dessas assembleias. Isso é muito importante”, falou no evento de assinatura a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramos Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira, que é uma das coordenadoras do Comando Nacional d@s Bancári@s.

 

O acordo vai ajudar a economia brasileira. Os reajustes de salários, vales e da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) injetarão R$ 8.098.464.934,10 na economia, de acordo com dados do Departamento Intersindical de Estudos e Estatísticas Socioeconômicas (Dieese). Somente o impacto da PLR é de R$ 6.211.796.397,21 na economia. O reajuste salarial, incluído o abono, vai implicar na injeção de outros R$ 757.064.915,60.

Presente à cerimônia de assinatura, o presidente nacional da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Sergio Nobre, destacou a importância do acordo. “Vivemos uma crise inédita em nosso país e construir um acordo que preserva os salários por dois anos é muito importante. O acordo é simbólico porque mostra um caminho para as demais categorias. Ressalto que na maioria das categorias ainda se luta pelo direito de se sentar à mesa de negociação para discutir as demandas”, disse Sergio Nobre.

Quanto os bancários vão receber de abono

Veja abaixo simulação realizada pelo Dieese do valor real aproximado que cada bancário vai receber, de acordo com as respectivas faixas salariais e descontos, considerando que sobre o abono incide Imposto de Renda.

 

 Fonte: Fetec-CUT/SP, com Seeb Brasília e Contraf-CUT

 

 


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