Pandemia, sobrecarga de trabalho, extrapolação da jornada e de horas extras, esses foram os principais pontos de uma reunião, na semana passada, entre Sindicato e Superintendência Regional Norte da Caixa no Pará, na sede da entidade em Belém.
“Havíamos solicitado em julho essa reunião, mas por conta de diversas agendas, só foi possível ela acontecer nessa segunda e felizmente tudo que apresentamos, a direção do banco informou estar ciente e também que já estaria tomando algumas providências, no sentido de fazer uma reorganização nas unidades onde a demanda é maior, a fim de o funcionalismo não exceder na jornada. Também houve o compromisso de analisar novamente o sistema de ponto para verificar situações em que estejam ocorrendo acima de 2 horas extras por dia”, explica a vice-presidenta do Sindicato e bancária da Caixa, Tatiana Oliveira.
Durante a reunião, o presidente da entidade, Gilmar Santos destacou sobre a mudança no horário de atendimento ao público, de 8h às 13h, desde o mês de agosto, fruto de mesas de negociação.
“Foi uma alternativa que sugerimos diante de tanta demanda, aglomeração e filas nas agências da Caixa que seguem até hoje, mas de forma mais controlada, por conta do pagamento de auxílios e FGTS, mas infelizmente o cansaço físico e emocional está sendo difícil de administrar entre os colegas que relatam exaustão de tanto trabalho, inclusive aos sábados”, destaca o dirigente sindical.
Sobre a abertura das agências aos sábados, o Sindicato já solicitou que as unidades não abram mais nesses dias, mas o banco não ainda não deu resposta, alegando que é uma decisão do Governo Federal e que depende de alteração na portaria do auxílio emergencial.
Além da presidência do Sindicato, o secretário geral da entidade, Serginho Trindade, também acompanhou a reunião.
O Sindicato recebeu uma denúncia específica sobre assédio moral à diversos bancários e acompanha junto com o banco as providências cabíveis e medidas necessárias. O assunto foi tratado na reunião também.
O superintendente regional Norte da Caixa no Pará, Antônio Joaquim Simões dos Santos Júnior, lembrou que o banco tem encaminhado as demandas das entidades sindicais, na medida do possível, destacando sobre o retorno da agência-barco Ilha de Marajó se deu após conversa com o sindicato, onde se firmou a necessidade de conseguir junto às prefeituras locais parceria quanto a estrutura que seria ofertada para atender a população da cidade, respeitando o distanciamento social e outras recomendações da Organização Mundial da Saúde em virtude do novo coronavírus.
“Falar sobre nossas pessoas é sempre muito rico e produtivo, estaremos em diálogo constante para buscar soluções e superar todos os desafios”, disse Simões em uma demonstração total de um canal de diálogo aberto entre o Sindicato e o banco.
Antes de existir a agência-barco aos moradores da ilha e de outros municípios paraenses, parte da população precisava se deslocar até 200 quilômetros para ter acesso a serviços bancários.
O Sindicato solicitou resposta quanto ao número de empregados contaminadas, ficando pendente esta informação. A entidade reafirmou na reunião a importância da defesa da Caixa 100% Pública, diante de tantos ataques e ameaças de privatização.
Fonte: Bancários PA com R7