Após participar da marcha dos movimentos sociais e populares em defesa da moradia e cidadania, na manhã desta terça-feira (5), o Sindicato se juntou com os empregados e empregadas do banco, à tarde, para denunciar o enfraquecimento das políticas habitacionais e o desmonte da empresa, que pode agravar ainda mais o acesso das pessoas de baixa renda às políticas habitacionais e programas como o Minha Casa Minha Vida. Os atos foram apoiados pela Fenae.

A mobilização foi realizada em frente à Matriz I da Caixa e aos ministérios do Desenvolvimento Regional e Economia.

“O Sindicato dos Bancários de Brasília mais uma vez junta esforços com a Fenae e os movimentos sociais e populares na defesa da Caixa 100% pública, da moradia e dos empregados e empregadas por uma sociedade cada vez melhor”, destacou a secretária-geral do Sindicato e coordenadora da Comissão Executiva de Empregados da Caixa (CEE/Caixa), Fabiana Uehara.

E acrescentou: “Todo o processo que temos nesse governo genocida é para enfraquecer ainda mais as políticas que passam pela Caixa. Por isso, estamos defendendo a moradia e o acesso para todos e todas”.

“Vim aqui somar ao movimento pela moradia e pela cidadania”, enfatizou a deputada federal e bancária aposentada da Caixa, Erika Kokay, lembrando que a ex-presidenta Dilma Rousseff dizia que moradia é cidadania. “Nós precisamos ter políticas públicas para fortalecer a Caixa. Nós precisamos resolver o déficit habitacional do Brasil. Mais de 90% das habitações populares são financiadas e estão sob a responsabilidade dessa empresa. E o que nós estamos vivenciando é a destruição do financiamento do programa Minha Casa Minha Vida por um governo que não olha para o povo brasileiro”, lamentou.

Erika comentou: “Nós hoje estamos comemorando o aniversário da Constituição brasileira, que fala em proteção social, direito à moradia, à saúde, à educação. Há uma demanda reprimida, quantas pessoas precisam de uma moradia! E é em comunhão que a gente transforma a realidade”, observou.

“A Fenae, o Sindicato dos Bancários e os movimentos populares estão fazendo esta manifestação em defesa da volta dos financiamentos habitacionais. É inadmissível o que esse governo e a gestão da Caixa vêm fazendo com a habitação popular. Simplesmente acabaram com o financiamento para a Faixa 1 do Minha Casa Minha Vida, com renda de até R$ 1.800. Nós precisamos resgatar o seu papel social e não podemos permitir que a Caixa não seja a condutora do financiamento habitacional para essas famílias”, pontuou o presidente da Fenae, Sérgio Takemoto.

Diretor de Formação da Fenae, Jair Ferreira também destacou a importância de defender “essa empresa com 160 anos de existência, responsável pela construção de milhões e milhões de casas ao longo de sua história. Estamos junto com o movimento de moradia, que também está reivindicando que a Caixa volte a financiar para as pessoas de baixa renda, porque a empresa está parando de fazer financiamentos por orientação do governo, e isso tira o seu papel social”.

Mariluce Fernandes
Do Seeb Brasília