Notícias

home » notícias

31 de Outubro de 2023 às 11:02

Sindicato retarda abertura de agências em mais um dia de protesto em defesa do Saúde Caixa


Empregados e empregadas da Caixa em todo o país voltaram a protestar, nesta segunda-feira (30), em mais um Dia Nacional de Luta em Defesa do Saúde Caixa. As manifestações são uma resposta ao endurecimento do banco nas negociações para a renovação do ACT do plano e foram marcadas pelo retardamento da abertura de agências em 30 minutos, em referência ao pedido de manutenção de apenas 30% dos custos do benefício a serem pagos pelos empregados.

A data foi escolhida para recordar o histórico 30 de outubro de 1985, quando praticamente 100% dos empregados da Caixa paralisaram as atividades para reivindicação da jornada de 6 horas e pelo direito à sindicalização, conquistas decorrentes dessa manifestação.

A exemplo do último dia 17, nas manifestações desta segunda-feira trabalhadores vestiram branco e houve mobilização também nas redes com o tuitaço #QueremosSaúdeCaixa.

Em Brasília, os protestos tiveram ainda o reforço da Associação do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Apcef-DF) e da AEA-DF (Associação dos Empregados Aposentados da Caixa no DF), que realizaram um ato conjunto em frente ao Matriz I, sede da Caixa.

“Hoje, 30 de outubro, uma data significativa para nós, bancários, que marca a luta pela conquista da jornada de 6 horas e pelo direito à sindicalização, estamos na rua, nas agências, alertando para o risco que corremos com relação ao nosso Saúde Caixa. O banco quer aumentar em 85% o valor das prestações e acabar com o pacto intergeracional, e ainda está impondo a nós, por meio do seu estatuto, um teto de 6,5% da folha de pagamento para o custeio do plano, o que pode torná-lo inviável. Com isso, podemos perder um plano que é tão significativo para nós, sendo obrigados a recorrer a planos de mercado”, explica Antonio Abdan, secretário-geral do Sindicato.

Para a diretora da Fetec-CUT/CN Elis Regina, as mobilizações se fazem necessárias e urgentes. “É fundamental que todos os empregados e empregadas da Caixa estejam a par dos debates a respeito do Saúde Caixa. Nosso plano está em risco por vários fatores. Não podemos permitir que ele se torne inviável economicamente. E só uma forte mobilização da categoria para garantir a manutenção do formato de custeio do plano. A Caixa precisa apresentar uma proposta decente que contemple a todos, ativos e aposentados.

“Foi um dia importante de mobilização que demonstrou a unidade dos empregados na defesa do Saúde Caixa, não aceitando retrocessos e exigindo mais responsabilidade com a saúde dos bancários”, frisa Francinaldo Costa, dirigente da Federação dos Bancários do Centro Norte (Fetec-CUT/CN).

Negociações emperradas

As negociações para a renovação do acordo do Saúde Caixa já se arrastam há meses por conta da postura intransigente da Caixa, que quer impor uma série de perdas aos empregados, como:

• Aumento da mensalidade em, no mínimo, 85% em 2024;
• Cobrança dos empregados de eventual déficit;
• Cobrança por faixa etária e o consequente fim do princípio da solidariedade e do pacto intergeracional;
• Limitação do custeio do plano a 6,5% da folha de pagamento;
• Fim da proporcionalidade 70/30, com diminuição da participação da Caixa, transferindo a diferença para os empregados;
• Terceirização do plano.

Renato Alves
Do Seeb Brasília


Notícias Relacionadas