Nesta quinta-feira, dia 23 de setembro, a diretoria do Sindicato dos Bancários de Campo Grande e Região-MS (SEEBCG-MS) recebeu a visita do presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae), Sergio Takemoto, e do diretor de Administração e Finanças da Fenae, Clotário Cardoso, na sede do sindicato, em Campo Grande.
Esta é a primeira visita institucional em outro Estado que o presidente da Fenae, Sergio Takemoto, realiza após o início da pandemia do coronavírus. A agenda dos diretores da Fenae é acompanhada pelo presidente da Apcef/MS e atual presidente do Conselho Deliberativo da Fenae, Jadir Garcia, e por diretores da Apcef/MS.
Durante a visita, os diretores do SEEBCG-MS e os diretores da Fenae destacaram a importância da integração entre as entidades associativas e sindicais na luta pela manutenção dos direitos e conquistas dos empregados da Caixa Econômica Federal.
“Nós entendemos que é fundamental ter essa parceria, ter essa proximidade das associações com as entidades sindicais, pois acreditamos que é a única maneira de superar os desafios que os empregados da Caixa estão enfrentando nesse momento, e os bancários de Mato Grosso Sul, de Campo Grande, têm uma entidade sindical muito atuante. O trabalho que o sindicato tem feito aqui é um exemplo para todo o país”, destacou o presidente da Fenae, Sergio Takemoto.
“Mato Grosso do Sul é um estado que tem uma representatividade dentro do movimento associativo e sindical muito importante. Sabemos da importância desse sindicato para a organização da Contraf-CUT, a nossa confederação, que faz com que fortaleça a nossa luta nacionalmente para enfrentar os banqueiros, para enfrentar a direção da Caixa, para enfrentar o Pedro Guimarães, que vem tentando destruir o patrimônio de mais de 160 anos dos trabalhadores do povo brasileiro”, afirmou o diretor de Administração e Finanças da Fenae, Clotário Cardoso.
A presidenta do SEEBCG-MS, Neide Rodrigues, falou sobre as lutas e reivindicações dos empregados da Caixa e agradeceu a presença dos diretores da Fenae. “A Fenae tem acompanhado nosso trabalho e o que temos feito em defesa do trabalhador da Caixa Econômica. A gente sabe que a luta é grande, mas quando a gente consegue ter projeção nacional e ter esse reconhecimento de quem é de fora e representa uma instituição tão importante como a Fenae, isso é motivo de muito orgulho para toda a diretoria e reforça o nosso pensamento de que estamos no caminho certo, que é defender o bancário e continuar lutando para que as coisas aconteçam e sejam melhores para o trabalhador”, avaliou a presidenta do sindicato.
Uma das questões enfrentadas pelos empregados da Caixa é o pagamento incorreto da PLR realizado pelo banco. A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e a Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa já questionaram a direção da Caixa e aguardam resposta. A situação é acompanhada pelos sindicatos e pela Fenae.
“Os trabalhadores da Caixa realizaram um trabalho fantástico durante essa pandemia, atendendo mais de 110 milhões de pessoas, fazendo o pagamento do auxílio emergencial. E a direção da Caixa em vez de reconhecer esse trabalho pagando corretamente a PLR está tentando se apegar a um detalhe da redação do acordo para pagar um valor menor e quer justificar que vai pagar na segunda parcela. Os trabalhadores da Caixa querem o que é o direito deles, eles produziram, o banco teve resultado e eles merecem receber de acordo”, afirmou Sergio Takemoto.
O retorno do trabalho presencial nas agências bancárias é outro ponto que as entidades representativas estão cobrando dos bancos, para que haja negociação e para que o processo ocorra de forma segura, sem colocar em risco a saúde dos trabalhadores.
“Sabemos que os empregados que estão em home office estão trabalhando demais, 12, 14 horas, porque não tem marcação de ponto, não tem uma regulamentação. Estamos reivindicando que haja uma negociação para que seja regulamentado o teletrabalho e que as pessoas só voltem ao trabalho presencial quando tiverem realmente condições de voltar, mas que isso seja negociado com as entidades sindicais. É fundamental que haja uma negociação para o retorno, para a regulamentação do teletrabalho, para cobrança de metas. Tudo isso tem afligido muitos trabalhadores da Caixa”, explicou o presidente da Fenae.
A tramitação da Proposta de Emenda Constitucional nº 32/2020 (PEC 32), que trata da Reforma Administrativa, na Câmara dos Deputados, é outra ameaça aos direitos dos servidores públicos, inclusive dos bancários. Um dos maiores impactos da reforma para os empregados da Caixa é a nulidade da concessão de estabilidade ou proteção no emprego por meio de negociação coletiva e individual.
“Temos conversado com os deputados e senadores mostrando o que significa essa PEC, que é um grande retrocesso para todo o país. Essa PEC representa a retirada de direitos e a terceirização do serviço público, e a estabilidade do servidor é fundamental para que ele possa fazer seu trabalho com autonomia, com dignidade, não ficar vinculado ao apadrinhamento político. Isso vai trazer um grande prejuízo para toda a população. Acreditamos que, mais uma vez, com a organização e envolvimento dos trabalhadores vamos conseguir barrar esse retrocesso”, afirmou Sergio Takemoto.
O presidente da Fenae ressalta ainda que apenas a mobilização dos empregados da Caixa e de toda a categoria bancária pode impedir a retirada de direitos. “É fundamental que a gente tenha entidades sindicais e associativas atuantes, como o Sindicato de Campo Grande e Região e a Apcef de Mato Grosso do Sul que estejam ao lado dos trabalhadores. Precisamos que os empregados participem das atividades sindicais, acompanhem seus sindicatos, porque é a única maneira que a gente tem para superar esse momento tão difícil”, destacou.
Por: Assessoria de Comunicação do SEEBCG-MS
Fotos: Reginaldo de Oliveira/Martins e Santos Comunicação