Durante toda essa semana, os bancários e as entidades sindicais estão mobilizados em defesa do Saúde Caixa. Nesta terça-feira, dia 27, o Sindicato dos Bancários de Campo Grande-MS e Região vai enviar ofícios aos senadores da bancada de Mato Grosso do Sul solicitando apoio ao Projeto de Decreto Legislativo – PDC 956/2018, que susta os efeitos da CGPAR 23.
“A luta neste momento é contra a aplicação da Resolução 23 da CGPAR, que é danosa para os empregados da Caixa. Estamos nos mobilizando para conseguir a aprovação também pelos senadores. A Resolução 23 da CGPAR vai comprometer a manutenção de um modelo de custeio e tornará o plano de saúde financeiramente inviável para muitos bancários, por isso, precisamos barrá-lo no Senado”, disse a presidente do SEEBCG-MS, Neide Rodrigues.
A Câmara dos Deputados aprovou, no dia 13 de julho, o PDC 956/18, da deputada Erika Kokay (PT-DF).
De acordo com o secretário de Relações Sindicais e Saúde do sindicato e empregado da CEF, Everton José Gaeta Espindola, o Saúde Caixa, historicamente, tem se constituído em um valor de salário agregado, que permite dar segurança e saúde não só aos titulares como aos familiares.
“Temos encontrado dificuldades junto ao banco público na obtenção de dados contábeis e administrativos que permitam, ao Grupo de Trabalho do Saúde Caixa, estabelecer parâmetros de solidez e perenidade do plano de saúde, com equilíbrio entre as partes. A direção da Caixa despreza seu corpo de empregados ao se negar a construir, em conjunto com o GT, e levar a aprovação por parte dos empregados, um plano viável financeiramente. A postura intransigente da empresa, com intenção de aplicação da CGPAR 23 e a alteração estatutária, destroem, em curto espaço de tempo, nosso plano de saúde”, destacou Everton.
Em protesto, os empregados do banco público usaram nesta terça-feira (27) roupas brancas em defesa de um modelo de custeio sustentável do Saúde Caixa e em memória aos bancários que morreram em decorrência da Covid-19.
Um tuitaço em defesa do Saúde Caixa está marcado para quarta-feira (28), a partir das 11h (horário de Brasília), com as hashtags: #SaúdeCaixaEuDefendo e #PedroGuimaraesCGPARNão.
Na quinta-feira (29) é a vez do Dia Nacional de Mobilização em Defesa do Saúde Caixa, com a realização de reuniões nos locais de trabalho, atos políticos, manifestações virtuais e paralisações nos locais possíveis.
Desde 2017, o Saúde Caixa, concebido com a ideia de custeio de 70% da empresa e 30% do empregado, vem sofrendo ataques, como mudanças no Estatuto da Caixa para limitar o investimento em saúde, tentativas de impor a resoluções como a 23 da CGPAR, entre outras ações dos governos para enfraquecer os planos de autogestão das estatais.
Recentemente, representantes da Caixa informaram, em reunião do Grupo de Trabalho, que a gestão Pedro Guimarães pretende aplicar a Resolução 23 da CGPAR nas propostas de modelos de custeio do plano. Na prática, significa que 50% dos custos assistenciais e administrativos serão financiados pela empresa e os outros 50%, pelos empregados.
Por: Assessoria de Comunicação do SEEBCG-MS (Com informações da Contraf-CUT e Fenae)