Após quase seis meses de negociações, a representação dos trabalhadores conseguiu que a Caixa Econômica Federal aceitasse uma proposta para renovação do Acordo Coletivo de Trabalho específico do Saúde Caixa que mantém o percentual de contribuição dos titulares do plano em 3,5% sobre a remuneração básica e, para aqueles que têm dependentes, fixa um limite para o comprometimento da renda dos trabalhadores em até, no máximo 7% por grupo familiar.
“Foi uma longa negociação. Precisamos mostrar como foi este processo e esclarecer as dúvidas que estão surgindo entre os colegas da Caixa”, disse a coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa e do GT Saúde Caixa, Fabiana Uehara Proscholdt ao informar que haverá uma live, nesta quinta-feira (23), a partir das 19h, para sanar as dúvidas.
A live será transmitida pelo Facebook e pelo Youtube da Contraf-CUT e pelo Youtube da Fenae.
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A coordenadora da CEE diz que, comparado com as outras estatais, o limite de 7% é um dos menores. “No plano de saúde dos funcionários do Banco do Brasil (Cassi), por exemplo, é 7,5%, com contribuição do titular de 4%, além de percentuais adicionais escalonados para dependentes”, observou.
Fabiana informou ainda que a proposta foi estabelecida na negociação com a Caixa a partir de parâmetros que preservam a solidariedade e o pacto intergeracional, que são princípios do Saúde Caixa desde a criação do plano. “Assim, não penaliza os empregados de menor salário e os mais idosos, além de equilibrar o custeio e manter a sustentabilidade do plano e as condições para manter a viabilidade para que todos permaneçam”, explicou.
Durante as negociações, a Caixa apresentou projeções atuariais que apontavam déficits e sugeriam a quebra dos princípios de solidariedade e do pacto intergeracional, e o pagamento de parcelas extraordinárias pelos usuários, para o equacionamento dos déficits, além do reajuste dos valores das parcelas mensais para evitar novos déficits.
Para a coordenadora do Comando Nacional e presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira, a proposta foi a possível para não onerar mais os empregados e manter a sustentabilidade do plano para todos os empregados. “Não foi uma negociação fácil, mas conseguimos chegar a uma proposta sem aumento para o titular que não tem dependente. Isso é um avanço importante”, destacou, ressaltando que há déficits robustos no plano a equacionar.
Fonte: Contraf-CUT