Mais de 417 mil mortos pela Covid-19. São familiares, amigos, colegas de trabalho que vão embora por conta de uma doença para qual já existe vacina. Diante deste cenário, os empregados da Caixa vão fazer um dia de luto pelas vítimas da doença na terça-feira (11), mesmo dia em que acontece a mesa permanente de negociação entre a Comissão Executiva de Empregados da Caixa (CEE/Caixa) e a direção do banco. O ato também será uma mobilização pela vacina já, por melhores condições de trabalho, além de um grito de resistência contra a privatização do banco.
“Temos muitos motivos para realizar este ato. Perdemos dezenas de colegas para a doença, centenas foram contaminados. É muito claro que muitas mortes poderiam ser evitadas se não fosse o negacionismo do governo, que não garantiu as vacinas com antecedência, e a irresponsabilidade em deixar o pagamento do auxílio emergencial somente com a Caixa, o que causou enormes filas nas agências e colocou os empregados e a população em risco”, disse Jorge Furlan, integrante da CEE/Caixa e diretor do Sindicato dos Bancários do ABC Paulista.
Segundo Carlos Augusto Silva (Pipoca), diretor do Sindicato dos Bancários de Campinas e integrante da CEE/Caixa, a sugestão é que os empregados compareçam ao trabalho vestidos de preto. “Será um de luto pelas mais de 400 mil mortes, inclusive de colegas que estavam na linha de frente para o pagamento do auxílio emergencial. E também um dia de luta pela vacina já para toda a população”, disse o dirigente.
Carlos Augusto ressaltou que desde o dia 22 de abril os empregados da Caixa decidiram, em assembleia, decretar estado de greve. No dia 27 de abril os trabalhadores fizeram 24 horas de paralisação por diversas reivindicações, entre elas a vacinação para a população e para os trabalhadores do banco, além do reforço nos protocolos de prevenção e por mais contratações.
Junto ao dia de luto haverá um tuitaço, às 10h horas. Mobilize-se e participe deste ato utilizando nas suas redes as hashtags #EmpregadosCaixaEmLuto #LutoPelasVítimas #SomosMaisQueNúmeros #VacinaJá.
Fonte: Contraf-CUT