“Vai dobrar o custo do nosso plano em dois anos, a gente paga do nosso salário 3,5% no plano de saúde, quem tem dependente no plano paga até 4,3% do seu salário e a proposta que a Caixa tem apresentado na mesa de negociação praticamente dobra esse custo do plano em 2 anos; os colegas vão pagar quase 8% do plano de saúde, por causa do teto do estatuto da Caixa que o Bolsonaro colocou de 6,5%; que limita o gasto da empresa com plano de saúde em 6,5% da folha. Medida colocada de forma unilateral pelo banco, numa mudança de estatuto em 2017, que impacta diretamente no custeio do plano. Então nossa luta agora é exatamente para que o governo Lula, para que a nova presidenta da Caixa derrube esse teto”, afirma a presidenta do Sindicato, Tatiana Oliveria, que também é bancária da Caixa.
Vestida de branco, junto com outros dirigentes sindicais que seguravam cartazes com frases de protesto em frente ao Edifício Sede do banco; o Dia Nacional de Luta em Defesa do Saúde Caixa começava em Belém.
“Sabemos que não é uma luta fácil, o Saúde Caixa é uma conquista histórica, uma política de RH de valorização dos empregados, cabe a nós defendê-lo, assim como seus princípios basilares, de solidariedade, pacto intergeracional e mutualismo, que dão a sustentabilidade do plano para todos, ativos, aposentados e pensionistas. O dia de hoje foi uma das formas de tentar sensibilizar a Caixa para mudar o posicionamento dela em relação às negociações do Saúde Caixa. Como a Tati falou o nosso plano de saúde, ele é regido por um acordo que ele é válido até o dia 31 de dezembro”, destaca a diretora do Sindicato e bancária da Caixa, Cristiane Aleixo.
A Caixa se mantém intransigente em seu posicionamento de limitar suas contribuições para o custeio do plano no percentual fixado pelo estatuto da empresa, o que acarretaria um aumento médio de 85% nas contribuições feitas pelos empregados. Além disso, a área de pessoas do banco ainda não repassou aos representantes do funcionalismo, no grupo de trabalho criado para debater o tema, os dados necessários para a elaboração do estudo atuarial que será utilizado pela consultoria contratada pelas entidades.
Além do lado de fora do Edifício Sede, pelos corredores e outros andares do prédio; a mobilização foi intensificada pelos bancários e bancárias que vestiam branco, a cor predominante usada pelos profissionais da saúde.
O funcionalismo da Caixa, atendendo à convocação do Sindicato, também parou por alguns segundos o trabalho para registrar a manifestação, em fotos e vídeos, que ocupou as redes sociais com a hashtag #QueremosSaúdeCaixa
“É uma realidade que hoje nós temos que combater, nós temos que enfrentar esse problema que é visível a forma com que a empresa está tratando a saúde do empregado da Caixa, tentando minimizar custos pra ela. Além da derrubada do teto de 6,5%, queremos também melhoria da gestão como um todo, como o retorno dos comitês de credenciamento e descredenciamento por região, e a GIPEs; dando um melhor suporte adequado à realidade dos bancários de acordo com cada região”, dispara o diretor da Fetec-CUT/CN, Everton Cunha, que também é bancário da Caixa.
Fora da capital, bancários e bancárias da Caixa em Marabá e Santarém também aderiram ao Dia Nacional de Luta em Defesa do Saúde Caixa.
“Se em Belém, onde se concentra a maior rede de atendimento, os colegas encontram dificuldades, fora de lá, a situação é ainda pior. Faltam médicos credenciados, consultas de emergência e eletivas; sobram demora no reembolso e acúmulo de despesas com deslocamento em busca de atendimento. Todo esse transtorno adoece ainda mais quem já não vai muito bem da saúde”, conta o diretor do Sindicato em Santarém e região, bancário da Caixa, Joacy Belém.
Outro Dia Nacional de Luta em Defesa do Saúde Caixa está previsto para o dia 30 de outubro.
Fonte: Bancários PA com Fenae