O Dia Nacional de Luta dos empregados da Caixa, nesta sexta-feira (11), foi marcado em Brasília por ações do Sindicato nas agências e unidades da empresa. Os atos completaram uma semana de encontros e manifestações nos locais de trabalho, contra a reestruturação que desmonta e extingue diversas áreas da Caixa, levando insegurança e pânico aos bancários e às bancárias, e por contratação de mais empregados.
Os protestos reforçaram também o combate ao aumento unilateral das metas, aos descomissionamentos arbitrários com sustentação falaciosa em feedback estruturado e ao assédio moral com base no conceito de “falha comportamental” criado pelo Programa de Incentivo às Práticas de Vendas Qualificadas (PQV).
Além das ações presenciais nos locais de trabalho, ocorreram também, às 11h, twitaço e o ato virtual direcionado para a frente da Matriz, que contou com manifestações de centenas de pessoas, incluindo populares, uma vez que a participação foi aberta à sociedade.
O ato virtual foi viabilizado pelo Manif.app, ferramenta criada na França por sindicalistas para manifestações durante a pandemia de coronavírus. O app torna possível a participação da população e direciona os manifestantes para o local indicado.
Para a diretora do Sindicato Rafaela Gomes, “o dia de luta desta sexta-feira deu maior amplitude e unidade aos protestos, mostrando fortalecimento da mobilização em defesa dos empregados, por mais contratações, por condições de trabalho, por garantias à saúde nesse período de pandemia e em defesa da Caixa 100% pública, sem desvirtuamento de seu papel no desenvolvimento social e econômico do país, sempre a serviço dos segmentos sociais mais vulneráveis”.
A coordenadora da CEE/Caixa e secretária-geral do Sindicato, Fabiana Uehara, considera que as arbitrariedades da direção da Caixa não se justificam senão pelo intuito de desmontar as estruturas da empresa e de reduzir o já deficitário contingente de empregados, visando avançar com o plano de privatização comandado pelo banqueiro Paulo Gudes, ministro da Economia. “As transferências compulsórias decorrentes da reestruturação e extinção de unidades, por exemplo, não vão dar o reforço que as agências precisam e ainda causam danos irreparáveis para os empregados atingidos, sem contar que afetam globalmente a empresa no cumprimento de sua função social e também nos seus negócios. O que a Caixa precisa fazer é contratar para recompor seu quadro de pessoal e preservar seu potencial de atuação como banco público, lucrativo e indispensável às políticas sociais”.
Evando Peixoto
Colaboração para o Seeb Brasília