No dia 22 de abril, o Sindicato dos Bancários do Pará realizou assembleia geral extraordinária, que teve como pauta a proposta de decretação de Estado de Greve e indicação de paralisação das atividades por prazo determinado no dia 27 do mesmo mês, no período compreendido entre 0h e 23h59.

“A reivindicação do movimento grevista tinha como pauta o descumprimento pela Caixa, no que diz respeito à cláusula do acordo coletivo que versa sobre o pagamento da PLR Social, quanto à cobrança de melhores condições de trabalho para os bancários da linha de frente diante da pandemia. Cumprimos todos os requisitos previstos em lei, com publicação de edital, assembleia e tivemos que recorrer à Justiça para suspender o desconto que o banco fez daqueles que exerceram seu direito legal e legítimo de luta”, explica a presidenta do Sindicato e bancária da Caixa, Tatiana Oliveira.

Durante a assembleia, o Sindicato informou à categoria sobre a possibilidade da Caixa promover o desconto pelo dia de greve. Contudo, a entidade sindical esclareceu que ingressaria com a medida judicial cabível, em desfavor do banco, com o objetivo de suspender o desconto.

Na referida ação, o Sindicato pleiteia a suspensão do desconto do referido dia até que ocorra norma coletiva que regule as obrigações das partes sobre essa data. A audiência para a apreciação do pedido está agendada para o próximo dia 11, por videoconferência em razão da atual conjuntura pandêmica. A Ação Civil Pública foi tombada sob o nº 0000349-12.2021.5.08.0004, em trâmite na 4ª Vara do Trabalho de Belém.

“A luta contra a privatização da Caixa é pauta prioritária e unificada do movimento sindical brasileiro e da classe trabalhadora. O Sindicato não medirá esforços para fortalecer esta luta, pois é importante demonstrar ao governo o inconformismo da classe trabalhadora contra a desestruturação da empresa”, afirma a diretora de bancos federais e bancária da Caixa, Cristiane Aleixo.

Fonte: Bancários PA