Nesta terça-feira (20), após muito diálogo, negociação e pressão dos trabalhadores, o BRB sinalizou que vai acatar a reivindicação do Sindicato, e iniciará a instalação de proteção de acrílico em suas unidades. Inicialmente, essa medida levará em conta o tamanho e o fluxo das agências. Para isso, o banco já está verificando a quantidade de mesas de gerente, de escriturários e guichês de caixa de cada uma delas para começar o serviço.
“Salvar vidas tem que ser a máxima de todos, principalmente da alta gestão, diretores e conselheiros, que têm o poder de decisão. Assim como quem tem fome tem pressa, proteger as bancárias e bancários deve ser prioridade e motivo de agilidade por parte da gestão”, destaca o presidente do Sindicato, Kleytton Morais.
As proteções de acrílico entre os clientes e os trabalhadores das agências já vêm sendo adotadas por vários bancos, tanto públicos como privados, e realmente são importantes porque oferecem segurança ao bancário durante o atendimento ao cliente. Qualquer pessoa ou gestor que observa a dinâmica nas agências percebe que os clientes tendem a se aproximar muito e, em vários casos, até abaixar as máscaras para falar, colocando o bancário em alto risco de contaminação, ainda mais com as novas variantes do Covid-19, que são ainda mais contagiosas e mortais.
“É um grande avanço, fruto de muita luta pois alguns setores do BRB resistiam em adotar essa medida de proteção. Mas, graças à atuação negocial e pressão dos funcionários, foi possível trazer luz à mente dessas pessoas e avançar. Não se deve medir esforços quando o assunto é salvar vidas, isso tem que ficar claro para todos os gestores de todos os bancos, reforça o diretor do Sindicato Ronaldo Lustosa.
O dirigente sindical acrescenta que “o Sindicato dos Bancários de Brasília vai acompanhar esse importante avanço e reitera que a união de todos durante a pandemia é essencial para protegermos as vidas de todos”.
“Devemos cuidar da nossa segurança e da do próximo também. Ao se deparar com uma situação que coloca em risco você, os seus colegas de trabalho e os próprios clientes, se manifeste! Não podemos ficar calados, é a luta que tem salvado vidas nessa pandemia”, ressalta o diretor da Fetec/CUT André Nepomuceno, que tem participado das manifestações e lutas dos trabalhadores.
Covid-19 tem abalado a vida de todos
Faleceu na noite desta segunda-feira (19), a mãe do diretor do Sindicato Daniel Oliveira, Elza Oliveira, mais uma vítima dessa pandemia terrível, que já levou tantas vidas.
“Nossos sentimentos ao amigo Daniel e sua família, também a todas e todos que têm perdido familiares. Diariamente, recebemos notícias tristes, sendo importantíssimo praticar o acolhimento a todas as pessoas que estão sofrendo neste momento”, comenta Ronaldo Lustosa.
“Também passei por isso. Assim como o colega Daniel, perdi minha mãe nessa tragédia e, por isso, transmito a todos que estão sofrendo, que perderam pai, mãe, esposa, marido, filhos ou amigos, o nosso mais profundo sentimento”, expressa o diretor do Sindicato Alexandre Assis.
Da Redação