O BRB anunciou nesta quinta–feira (28), por meio de Fato Relevante, o adiamento do “follow on” anteriormente previsto para acontecer agora em novembro. A medida é coerente tendo em vista que o país passa por turbulências no mercado que poderiam prejudicar sobremaneira este evento.  

Para o Sindicato dos Bancários, a decisão é a melhor possível, pois compreende que, com o adiamento, permite-se uma discussão mais aprofundada sobre os caminhos para capitalizar o banco com vistas à sua expansão. O “follow on” embute uma grave preocupação sobre o futuro do banco, uma vez que ele prevê a oferta de ações que irão diluir a participação do GDF no capital do banco, gerando uma preocupação sobre se o governo estaria encaminhando sorrateiramente a privatização do banco. Esta preocupação é absolutamente pertinente pois o governador Ibaneis, embora afirme o compromisso com o BRB público, fez o mesmo em relação à CEB quando era candidato, mudou de posição, traiu o compromisso assumido e privatizou a empresa.  

“O adiamento permitirá um debate com a sociedade, a dona do banco. O Sindicato defende a expansão e luta diuturnamente pela perenização do BRB, mas se preocupa com ações que possam colocar em risco o controle acionário. Há outros caminhos que podem capitalizar o banco, a política de dividendos e juros sobre capital próprio podem ser uma opção, mas o fundamental é permitir que o debate possa ser feito e para isso buscaremos os canais necessários, principalmente a Câmara Legislativa, a Casa adequada para esta discussão”, diz Kleytton Morais, presidente do Sindicato. 

Este adiamento comunicado pelo BRB vai ao encontro do que apontou o Dieese que, a pedido do Sindicato, elaborou um estudo que apontou a impropriedade do “follow on” neste momento. Veja a seguir a íntegra do estudo do Dieese:

 Da Redação