A necessidade de taxação das grandes fortunas vem sendo amplamente discutida no Brasil, principalmente neste momento de grave crise econômica e sanitária. Os setores progressistas da sociedade defendem uma reforma tributária que traga justiça para o povo brasileiro e seja capaz de impulsionar a economia.
O grande entrave tem sido o descaso do governo Bolsonaro para alavancar o debate, principalmente porque os super ricos conseguiram aumentar a renda, mesmo com a pandemia. Por outro lado, os mais vulneráveis foram jogados às margens da pobreza extrema e o Brasil voltou ao Mapa da Fome da ONU (Organização das Nações Unidas).
No Congresso Nacional, o tema ganha pouco espaço, assim como nos meios de comunicação, já que parte da elite brasileira é arcaica e quer perpetuar a visão escravocrata. Enquanto isso, cerca de 70 milhões de brasileiros passam fome com o aprofundamento da crise, o desemprego e a falta de projeto de desenvolvimento nacional.
A desigualdade se perpetua porque o lucro das grandes empresas não é tributado, já que segundo especialistas, são os pobres e a classe média que pagam mais impostos. Segundo o relatório do Pnud (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento), o 1% mais rico detém 28,3% da renda no país, os 10% mais ricos abocanham 42,5%. Uma completa injustiça.