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22 de Abril de 2022 às 08:11

“O 1° de Maio precisa ser um marco na luta pelo ‘fora Bolsonaro’”, diz presidente da CUT


CUT Nacional
Andre Accarini

No 1º de Maio deste ano, as centrais CUT, Força Sindical, CTB, UGT, NCST, Intersindical - Central da Classe Trabalhadora, e Pública se uniram para propor reflexão, luta e para reivindicar emprego decente e desenvolvimento sustentável com justiça social, entre outras pautas fundamentais para o país voltar ao rumo do crescimento.  

Nada disso é possível com Jair Bolsonaro (PL) no poder, com ele, “a classe trabalhadora não tem futuro”, diz o presidente nacional da CUT, Sérgio Nobre, que acrescenta: “Derrotar Bolsonaro e tudo o que ele representa é nossa grande tarefa”.

Para Sérgio Nobre, essa é prioridade no Dia do Trabalhador e da Trabalhadora, que este ano volta a ser presencial, e em todos os outros dias do ano até 2 de outubro, quando os brasileiros irão às urnas escolher o próximo presidente da República. 

O primeiro de maio precisa ser um marco na luta pelo fora Bolsonaro- Sérgio Nobre


O Ato Unificado do Dia do Trabalhador e da Trabalhadora vai intensificar a luta por mais direitos e por um país mais justo, com uma política econômica que priorize o desenvolvimento com geração de emprego e renda para o país, ou seja, o oposto do que a dupla Bolsonaro/Paulo Guedes, ministro da Economia, vem fazendo desde 2019.

É por isso que as eleições de 2022 são fundamentais para a classe trabalhadora e no 1° de Maio a tarefa principal é dialogar com os trabalhadores sobre o futuro do país, ressalta o presidente nacional da CUT. Segundo ele, a principal agenda da CUT e demais centrais sindicais neste dia será mobilizar a população e conscientizar sobre os problemas reais dos brasileiros – a volta da fome e da miséria, o desemprego, o aumento exorbitante dos preços dos alimentos e dos combustíveis, fatores que têm penalizado cada vez mais os trabalhadores e trabalhadores, em especial os mais pobres.

“Este ano, 2022, é um ano histórico em que teremos as eleições das nossas vidas. É em outubro que vamos ter a oportunidade de mudar os rumos nefastos em que o Brasil se encontra. Vamos ter a oportunidade decidir o que o Brasil será nos próximos 20 anos”, reforça Sérgio Nobre.

Mas não basta tirar Bolsonaro e eleger um presidente com compromisso com os direitos sociais e trabalhistas, é preciso eleger deputados e senadores que tenham o mesmo compromisso, alerta o dirigente.

“Além de tirar o Bolsonaro de vez da presidência, temos de eleger candidatos que representem os interesses da classe trabalhadora, que saibam conduzir o país, que saibam o que o povo precisa. E defendemos a candidatura de Lula como a solução para salvar o Brasil e também a eleição de um Congresso Nacional que ajude na aprovação das pautas de interesse da classe trabalhadora”, destaca o presidente nacional da CUT.

Imagem do Brasil em jogo

A forma como o mundo hoje vê o Brasil é uma das piores da história. Até mesmo lideranças do setor empresarial avaliam e concordam que a imagem negativa do Brasil no mundo é um entrave para o nosso desenvolvimento. Isso gera problemas sérios para a classe trabalhadora.

Visto como um país cujo governo é fascista, machista misógino, homofóbico e racista, que não respeita os direitos humanos e ainda por cima não só faz vistas grossas como incentiva a destruição do meio ambiente, o Brasil se torna um péssimo ambiente para negócios e investimentos. A consequência é menos empregos gerados, mais desigualdade social, a fome e a miséria.

“A imagem do Brasil com Bolsonaro, hoje, lá fora, é de descrédito, é vergonhosa, de um país que não respeita direitos, que não se preocupa com a vida da população. Precisamos mudar isso, mostrando o que somos de verdade, um país que trabalha e que vai à luta”, pontua Sérgio Nobre.

“Esse cenário mostra que precisamos de um governo popular, um estadista respeitado no mundo, como Lula é, que foque no desenvolvimento e também no combate à desigualdade, que respeite os direitos humanos e o meio ambiente para que possamos salvar o Brasil e para que voltemos a ser um país em que a população tem dignidade e em que a economia funcione”, complementa o dirigente.

É unanimidade entre as centrais que realizarão o ato unitário que é urgente sair desta crise e avançar, que é necessário unir a força da classe trabalhadora para alcançar um futuro melhor. E esse é espírito da celebração do 1° de Maio deste ano.

“A união da classe trabalhadora em torno da luta por um Brasil melhor, mais justo, é o que o mundo precisa ver e o que vamos mostrar nesse 1º de Maio”, conclui Sérgio Nobre.

Pautas

No dia 7 de abril, as centrais realizaram o Congresso da Classe Trabalhadora (Conclat 2022), cujo resultado foi um documento – Pauta da Classe Trabalhadora – com propostas para o desenvolvimento do país e que serão abordadas e expostas ao público no Dia 1° de Maio, para consolidar o diálogo sobre o que país precisa para sobreviver. Entre elas:

  • Emprego e renda
  • Contra os aumentos de preços de alimentos e combustíveis
  • Valorização do salário mínimo
  • Contra a fome e a miséria
  • Mais direitos
  • Valorização dos serviços e dos servidores públicos
  • Defesa da democracia
  • Mais investimentos em saúde, educação e transportes
  • Contra a carestia

O dia da classe trabalhadora

Este ano, o 1° de Maio traz como tema a “defesa do emprego, direitos, democracia e pela vida”, temas que dialogam diretamente com o que mais impacta na vida dos brasileiros, atualmente. Desde 2020, por causa das necessárias medidas de isolamento para conter o avanço da pandemia do coronavírus, a data vinha sido celebrada de forma virtual, porém com a mesma característica de denúncia e luta dos eventos presenciais.

A cultura sempre esteve presente nas celebrações da data. Para as centrais, o Dia Internacional do Trabalhador é uma grande oportunidade de dialogar com a população sobre os problemas do país não somente por discursos políticos, mas também por meio da arte e da cultura, setores muito atacados pelo Bolsonaro.

Além dos atos locais em todo o país, em São Paulo, será realizado o ato principal, na Praça Charles Muller (Pacaembu), a partir das 10h. Entre lideranças sindicais, políticas e religiosas, além de outras personalidades, estarão no palco das centrais grandes atrações como a cantora Daniela Mercury, que fará um show especial neste dia.

Outra atração confirmada é um dos maiores nomes do samba brasileiro e importante liderança política, a cantora Leci Brandão. Também fazem parte da programação Dexter, Francisco El Hombre e DJ KL Jay, além de outras a serem confirmadas.

O evento será transmitido ao vivo pelo Youtube e Facebook da CUT, das entidades filiadas e das centrais sindicais; e pelo Youtube da TVT (Youtube.com/redeTVT)

A TVT também transmitirá em sinal aberto pela TV, em São Paulo, no canal 44.1 e no ABC pelo canal 512 da Net.


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