Jornal GGN
Faltando nove dias para acabar seu mandato, o prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, foi preso na manhã desta terça. Crivella era investigado no inquérito “QG da Propina”, esquema dentro da prefeitura. Além dele, foram presos Rafael Alves, braço-direito de Crivella e tido como operador do esquema, e o delegado aposentado Fernando Moraes. Eduardo B. Lopes, ex-senador, também está na mira da ação, mas não foi encontrado até o momento. A decisão é da desembargadora Rosa Helena Penna Macedo Guita.
A prisão foi realizada no início da manhã. Crivella foi levado para a Cidade da Polícia, na Zona Norte do Rio. O político declarou, logo após a prisão, que estava sendo vítima de perseguição política, que lutou contra as empreiteiras, tirou recurso do pedágio, do carnaval. “Quero que se faça justiça”, disse ele após a prisão.
A investigação “QG da Propina” está baseada na colaboração premiada do doleiro Sérgio Mizrahy, preso pela operação ‘Câmbio, Desligo’, no ano passado. A investigação mira o governo de Crivella.
Mizrahy, em sua delação, falou de um “QG da propina” dentro da Riotur e disse que Rafael Alves, homem de confiança de Crivella, seria o operador do suposto esquema.
Rafael Alves seria um dos homens de confiança de Crivella e se aproximou na época da campanha eleitoral de 2016, ao articular as doações para a campanha eleitoral. Alves colocou o irmão na presidência da Riotur e viabilizou “a contratação de empresas para a prefeitura e o recebimento de faturas antigas em aberto, deixadas na gestão do antigo prefeito Eduardo Paes, tudo em troca de pagamentos de propina”.
Mizrahy, na delação, disse que recebia semanalmente de Rafael cheques de prestadores de serviço da prefeitura. Um desses cheques seria da empresa Locanty, que faz serviços de limpeza, coleta de lixo e locação de veículos. A Locanty não presta serviços à prefeitura, mas ainda cobra dívidas da administração passada.
Com informações de O Globo.