Os resultados da inflação em 2020 divulgados, nesta terça-feira (12/01), pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) confirmam que o governo Bolsonaro reduz ainda mais a renda do brasileiro, que já não dá para nada. O reajuste do salário mínimo ficou abaixo do custo de vida.
O governo “arredondou” para R$ 1.100,00 o valor do piso nacional, em vigor desde o dia 1º de janeiro. Com isso, o reajuste sobre o mínimo de 2019 (R$ 1.045,00) foi de 5,26%. No entanto, o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), usado como referência salarial, fechou 2020 com aumento de 5,45%.
A política de valorização do salário mínimo chegou a se tornar lei (Lei 12.382, de 25/02/11, e depois Lei 13.152, de 29/07/15), nos governo Lula e Dilma, mas foi abandonada por Bolsonaro.
A regra, que vigorou até 2019, estabelecia reajuste do piso pelo INPC do ano anterior. A título de aumento real, seria aplicado o equivalente ao crescimento do PIB de dois anos antes. Se o Produto Interno Bruto não crescesse, o mínimo seria corrigido somente pelo INPC. Essa política permitiu reajuste acumulado de 450% desde 2003, para uma inflação de cerca de 208%, com ganho real próximo de 80%. Uma realidade bem diferente da atual.
Salário mínimo ideal no país deveria ser R$ 5.304,90. Isso em dezembro!
Em dezembro de 2020, para os brasileiros conseguirem arcar com os gastos mensais da família o salário mínimo deveria ter sido de R$ 5.304,90. O valor corresponde a 5,08 vezes o mínimo de R$ 1.045,00, conforme dados do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudo Socioeconômico).
Ainda mostra que no último mês do ano passado houve aumento dos preços dos alimentos essenciais entre as 17 capitais pesquisadas. A cesta básica mais cara foi registrada em São Paulo, no valor de R$ 631,46. Já a mais barata foi registrada em Aracaju (SE) de R$ 453,16. Enquanto em João Pessoa (PB) foi a que teve maior variação percentual no custo dos alimentos. Uma alta de 4,47%, chegando a R$ 475,19.
Mas, a realidade da população foi muito diferente. O governo Bolsonaro encerrou os benefícios emergenciais que estavam socorrendo as famílias mais vulneráveis durante a pandemia de Covid-19, como o auxílio, deixando todos na insegurança.