Adotado com mais força durante a pandemia de Covid-19, o teletrabalho esteve no centro de muitos acordos entre 2019 e 2020. Houve uma explosão no número de negociações que mencionam a modalidade, incluída na CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) pela lei 13.467, de 2017, conhecida como reforma trabalhista.
A informação consta na última edição do Caderno de Negociação do Dieese. Segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos, no setor de serviços, o mais atingido pelas medidas de isolamento social, houve aumento de 95 negociações com cláusulas sobre teletrabalho, em 2019, para 1.165, em 2020.
No caso da indústria, foram 35 negociações, no ano passado, e 538, em 2020, enquanto no comércio, o número pulou de 57 para 313.
Também houve aumento no trabalho intermitente no Brasil, modalidade introduzida na legislação pela reforma trabalhista. Neste caso, o empregado só recebe se convocado para trabalhar pelo empregador. Ou seja, fica à disposição do patrão, sem direitos garantidos e salário fixo.
Em relação às campanhas salariais, o Dieese revela que nos últimos meses, em diversas regiões do país, diante das ameaças por conta da crise, a pauta se concentrou na manutenção de todas as cláusulas dos acordos e convenções.
Fonte: Seeb Dourados