Mais de 50 organizações sindicais e da sociedade civil lançam nesta nesta quinta-feira 29, às 10h, uma campanha nacional pela tributação dos super-ricos, que tem por objetivo fortalecer o Estado brasileiro, ter recursos para enfrentar a pandemia provocada pelo novo coronavírus, garantindo assim emergencialmente renda para milhões de brasileiros e, depois, a retomada do desenvolvimento econômico com distribuição de renda.
A Federação dos Bancários do Centro-Norte (Fetec-CUT), assim como a Contraf-CUT, apoia a campanha nacional. O lançamento será transmitido ao vivo pela que será transmitido ao vivo pelo Facebook da Contraf-CUT e pela TV Contraf.
“O Brasil é um dos dez países mais desiguais em todo o mundo. A concentração da riqueza e a pobreza estão aumentando com as reformas liberais implantadas nos últimos quatro anos pelos governos Temer e Bolsonaro. A sociedade brasileira precisa começar a discutir uma reforma tributária que corrija essas graves distorções, o que começa pela taxação dos super-ricos”, afirma Cleiton dos Santos, presidente da Fetec-CUT/CN.
O lançamento contará com a participação de diversas entidades sociais, governadores e parlamentares.
Serão apresentadas oito propostas que podem promover um aumento de arrecadação de quase R$ 300 bilhões, tributando apenas as altas rendas e grandes patrimônios dos 0,3% mais ricos do Brasil.
“As propostas reduzem impostos para os mais pobres e pequenas empresas e melhora a repartição de recursos entre estados e municípios. Além de serem estratégicas para tirar o Brasil da crise e solucionar problemas históricos de justiça fiscal em nosso país”, explicou o secretário de Assuntos Socioeconômicos da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Mario Raia, que compõe a coordenação da campanha.
A presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira, disse que a entidade que preside integra a campanha porque as propostas têm capacidade para ampliar a justiça fiscal Brasil. “Propostas como a correção das distorções do Imposto de Renda, a revogação da isenção sobre lucros e dividendos distribuídos aos acionistas das grandes empresas, o fim da dedução de juros sobre o capital próprio, a elevação do limite de isenção para baixas rendas, e a criação de uma tabela de alíquotas progressivas têm capacidade de reduzir os valores pagos pelos mais pobres e aumentar somente o que se cobra dos 0,3% mais ricos de nosso país”, explicou.
Uma cartilha ilustrada e uma calculadora online demonstram os impactos positivos das ações na vida dos trabalhadores caso as medidas sejam implementadas.
Pressão social
Mais de 50 organizações já se integraram à campanha e outras dezenas estão se somando ao movimento para garantir a aprovação e adoção das medidas de curto e médio prazo que fortalecerão o Estado e possibilitarão o enfrentamento da pandemia, a garantia de renda para os mais pobres e a retomada da atividade econômica.
“De abril a junho de 2020, quase nove milhões de pessoas perderam o emprego. A taxa de pessoas sem trabalho superou os 13%. O rendimento encolheu 5,6%, representando perda de R$ 12 bilhões em circulação na economia. Os pequenos negócios estão quebrando em consequência da redução do consumo de bens e serviços. As medidas que estamos propondo têm capacidade para reverter esse quadro”, disse o dirigente da Contraf-CUT.
As entidades participantes já iniciaram a divulgação dos projetos de lei junto aos movimentos sociais, sindicatos, estudantes, agricultores, pequenos empresários e políticos. A partir de agora essa atuação será intensificada com debates, entrevistas e reuniões com parlamentares, governadores e prefeitos para incluir o tema na pauta do Congresso e fazer as propostas tramitarem.
Confira as propostas
Para saber mais:
facebook.com/tributar.os.super.ricos/
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twitter.com/OsTributar
Fonte: Fetec-CUT/CN