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São Paulo – Com objetivo de manter as ruas ocupadas e aumentar a pressão sobre o governo federal, diversos movimentos sociais convocaram protestos para esta terça-feira (13) contra o governo Bolsonaro. As manifestações nas principais capitais (confira mais abaixo quadro de atividades confirmadas) fazem a defesa do controle público dos Correios. Assim, vários atos como em Brasília, às 10h, se concentram diante de unidades da empresa. As manifestações criticam ainda a “reforma” administrativa prevista na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 32. E se apresentam como uma quarta jornada nacional pelo “Fora Bolsonaro”, uma espécie de “esquenta” para o próximo 24 de julho, o #24J.
Movimentos populares, organizações antifascistas e movimentos do povo negro, feministas, LGBTQIA+, estudantes e sindicatos participam da convocação. Quem mantêm também as bandeiras levantadas nas manifestações de 29 de maio, 19 de junho e 3 de julho, como mais agilidade na vacinação contra a covid-19, auxílio emergencial de R$ 600 até o fim da pandemia e respeito aos direitos dos povos indígenas.
Pesquisa Datafolha, divulgada neste sábado (10), mostrou que, pela primeira vez desde abril de 2020, a maioria da população se diz a favor da abertura do processo de impeachment de Bolsonaro. De acordo com o instituto, entre 2.074 entrevistados, ao menos 54% disseram ser a favor da ação, ante 42% que responderam ser contrários. Ao todo, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), tem 125 pedidos de destituição do presidente parados na Mesa Diretora da Casa.
Na pauta de reivindicações, os movimentos populares também pedem a liberdade de Matheus Machado Xavier, de 25 anos, preso há uma semana desde a manifestação de 3 de julho, em São Paulo. O jovem foi acusado de ter furtado o capacete de um segurança privado da concessionária da ViaQuatro, linha 4-Amarela do Metrô, durante um confronto entre seguranças e manifestantes na noite do protesto, na estação Higienópolis-Mackenzie. De acordo com informações da Ponte Jornalismo, em depoimento, Matheus, que trabalha como tatuador, disse que passava pelo local e pegou o capacete no chão.
Vídeos que circulam pelas redes sociais mostram que um dos segurança perdeu o capacete após tropeçar em frente à estação. Para Matheus, a versão de furto foi combinada pelo segurança com policiais militares. Os movimentos sociais também acusam “perseguição política” contra o tatuador.
A organização deste #13J também reforça as medidas de precaução para evitar os riscos de contaminação pela covid-19 nos atos presenciais. A orientação é usar máscara o tempo todo (PFF2, de preferência), guardar distância mínima de 1,5 metro dos outros manifestantes e usar álcool em gel 70º nos atos. “Das ruas não sairemos enquanto esse governo genocida de Bolsonaro não cair”, reforça a articulação.
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