Em cumprimento a uma definição de seu 6º Congresso Nacional, ocorrido de 1º a 3 de abril deste ano, a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) disponibilizou, na noite de sexta-feira (13), uma cartilha para contribuir com a criação dos comitês de luta dos bancários estaduais, por federação, por sindicatos, banco ou local de trabalho. Também podem ser criados comitês por segmentos sociais, como mulheres, racial, LGBTQIA+ e pessoas com deficiência, entre outros.
O objetivo é alcançar 300 comitês para engajar cerca de 30 mil trabalhadores. “Isso é possível, pois os bancários têm uma organização estruturada e que funciona bem”, disse Vinícius Assumpção, vice-presidente da Contraf-CUT. “A categoria é vanguarda do movimento sindical e, há décadas, aprimora sua estrutura organizativa e de trabalho conjunto, com coordenação nacional. Essa experiência deve ser usada na implantação e dinamização do funcionamento dos comitês”, completou.
Ação dos comitês
Os Comitês de Luta dos bancários devem atuar em defesa dos direitos de todos os cidadãos e da democracia, a partir da propagação de políticas de inclusão social, combate à fome e à miséria e em combate contra as fake news. Os comitês também podem criar ações de solidariedade, como arrecadação e distribuição de alimentos e o fortalecer o perfil de Sindicato Cidadão das entidades filiadas à Confederação.
“Os comitês vão debater o Brasil que a gente quer”, observou Vinícius. As discussões serão orientadas por grandes eixos, como soberania nacional, defesa das empresas públicas, reforma tributária e um sistema financeiro justo. “A ideia é que os comitês cresçam e se tornem fortes para orientar mobilizar o debate sobre temas importantes para a classe trabalhadora, além de produzir materiais de divulgação e formação das categorias do ramo financeiro e de toda a classe trabalhadora”, completou.
De acordo com o vice-presidente da Contraf-CUT, este ano de eleições é decisivo, não apenas para eleger candidatos comprometidos com as causas populares, tantos para os cargos do Poder Executivo (Presidência da República e governos estaduais e do distrito federal) e Legislativos (assembleias estaduais e câmaras distrital e dos Deputados). “Os comitês também precisam definir estratégias para a mobilização permanente dos trabalhadores, para além do período eleitoral”.
A presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira, observou que a boa estrutura de organização da categoria é fundamental para que os comitês de Luta dos Bancários fortaleçam o debate sobre a atual crise do país. “Apenas uma sociedade consciente e bem informada consegue defender os seus direitos e manter suas conquistas”, advertiu.
Para Juvandia, a classe trabalhadora não pode repetir o erro de não se manter organizada, pois, mesmo depois de uma série de governos democráticos, de cunho popular, o desmonte de políticas que favoreciam o Estado Democrático e o fortalecimento das instituições ocorreu de uma forma muito rápida.
Cartilha
A cartilha, com título baseado no tema do 6º Congresso da Contraf-CUT, Reconstruir o Brasil que a Gente Quer, será enviada aos sindicatos e federações da categoria bancária e também está disponível para visualização na área de publicações do site da Contraf-CUT. As entidades filiadas também podem acessar a área restrita para baixar os arquivos em versão aberta para possíveis alterações, como a inserção do logotipo da entidade.
A publicação traz orientação global sobre os passos para formação de um comitê, como deve ser seu funcionamento, estrutura, objetivos, funções e os grandes eixos de debate, bem como seu relacionamento com a coordenação nacional.
Fonte: Contraf-CUT