O Sindicato promoveu na manhã desta quinta-feira (29) manifestação nas unidades do Bradesco da 504 Sul (agências prime e convencional) contra a onda de demissões que já destruiu cerca de 1.500 empregos no banco ao longo deste ano. As demissões se intensificaram a partir de setembro e atingiram cerca de 30 trabalhadores no Distrito Federal.
As atividades nas agências da 504 sul ocorreram das 8h às 12h, com paralisação das atividades e diálogo dos dirigentes sindicais com os bancários e as bancárias em seus locais de trabalho.
O presidente do Sindicato, Kleytton Morais, lembrou que os banqueiros estão quebrando acordo de não demitir durante a pandemia, feito em mesa de negociação com o Comando Nacional dos Bancários, em março desde ano. “Por conta dessa atitude traiçoeira, o Sindicato e demais entidades que compõem o Comando decidiram realizar uma campanha de combate às demissões e esse dia nacional de luta no Bradesco é uma de suas atividades. Estamos aqui para dizer: Bradesco, basta de demissões”.
Para o diretor do Sindicato e funcionário do Bradesco Paulo Frazão, “é importante que os bancários e bancárias se integrem às atividades do Sindicato e passem a multiplicar junto aos seus familiares e amigos a denúncia de que os bancos estão descumprindo acordo de não demitir durante a pandemia, enquanto seus lucros não param de crescer”.
De acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério da Economia, os bancos já demitiram mais de 12 mil trabalhadores ao longo de 2020.
“Para frear essa onda de demissões, a degradação das condições de trabalho e de saúde e os ataques sistemáticos aos direitos dos bancários e das bancárias, manteremos pressão permanente sobre os banqueiros, com mais protestos e paralisações de agências”, assegura o secretário de Administração e Finanças da Fetec-Centro Norte, José Avelino, funcionário do Bradesco.
Evando Peixoto
Colaboração para o Seeb