O Sindicato fechou a agência do Bradesco do SIA (Trecho 1), nesta quinta-feira (26), das 8h às 11h30, para os funcionários, e das 11h às 12h, para atendimento ao público. A atividade fez parte do Dia Nacional de Luta contra as demissões realizadas pelo banco, em plena pandemia.

“Diante de um cenário de muitas demissões, foi necessário tomar essa atitude, lutando pela manutenção do emprego dos bancários e bancárias”, esclarece Paulo Frazão, diretor do Sindicato e bancário do Bradesco. Segundo ele, o banco havia se comprometido a não demitir durante a pandemia. Porém, no dia 28 de setembro descumpriu a promessa e, em menos de dois meses, já desligou mais de 2.500 funcionários.

Em função dessa postura contraditória, os sindicatos de bancários de todo o país e a Contraf-CUT decidiram realizar uma campanha de combate às demissões. Os atos, como o Dia Nacional de Lutas, e os tuitaços são uma forma de protestos contra as demissões dos trabalhadores. As manifestações vão prosseguir até que haja uma reversão dessa medida prejudicial.

Frente de mobilização contra as demissões

Nas últimas semanas o Sindicato vem realizando diversos atos contra as demissões nos bancos privados, incluindo aí o Bradesco. No dia 27, houve protesto no Bradescão do Setor Comercial Sul. No dia 29 de outubro, o Sindicato realizou um ato nas unidades do banco da 504 Sul (agências prime e convencional), com paralisação das atividades e diálogo dos dirigentes sindicais com os bancários e bancárias sobre a onda de demissões. E no dia 19 passado, a agência do Bradesco na Comercial Sul de Taguatinga ficou fechada durante toda a manhã. Só nos primeiros nove meses de 2020, o Bradesco obteve Lucro Líquido Recorrente de R$ 12,657 bilhões.

As hashtags #QueVergonhaBradesco e #QuemLucraNãoDemite têm figurado entre os assuntos mais comentados do Twitter nos dias das ações nas redes, tendo, inclusive, sido pauta em diversos veículos de comunicação.

Mariluce Fernandes
Do Seeb Brasília