10 de Novembro de 2023 às 09:27
Denúncia
Na tarde desta quinta-feira, dia 9 de novembro, o Sindicato dos Bancários de Campo Grande-MS e Região protocolou documento na Superintendência Regional do Trabalho e Emprego em MS - órgão vinculado ao Ministério do Trabalho -, denunciando a gestão abusiva praticada pelo banco Bradesco, que vem adoecendo a categoria bancária.
A presidenta do SEEBCG-MS, Neide Rodrigues, e o membro do COE Bradesco, José dos Santos Brito, foram recebidos pelo superintendente Alexandre Cantero.
Entre as denúncias que constam no documento, está a sobrecarga de trabalho que os bancários do Bradesco estão sendo submetidos, por conta das demissões constantes. O Bradesco finalizou o primeiro trimestre de 2023 com 86.212 empregados, com queda de 1.276 postos de trabalho em doze meses e de 2.169 postos fechados em relação ao trimestre anterior.
"Relatamos o que está acontecendo no Bradesco que é a falta de funcionários e acúmulo de trabalho para quem está nas agências, em virtude das demissões e a falta de contratação. Tinha agência com 20 trabalhadores e agora está com 10 e as metas continuam as mesmas, com isso, os bancários estão acumulando trabalho e são pressionados a cumprir essas metas e, por consequência, estão adoecendo. O assédio moral para o cumprimento das metas é intenso e isso está gerando um alto índice de adoecimento mental entre os trabalhadores do Bradesco", destacou a presidenta do SEEBCG-MS, Neide Rodrigues.
Também foi denunciado a falta de emissão de CAT por parte do Bradesco desses trabalhadores que estão com doenças psíquicas e de assistência adequada a essas pessoas.
Outro fato relatado é quanto a falta de segurança de algumas unidades do banco. Sob a justificativa de que algumas agências não operam com numerário, o Bradesco retirou vigilantes e portas giratórias destes locais.
"Isso gera também uma ansiedade no trabalhador, que não se sente seguro no seu ambiente de trabalho e precisa conviver constantemente sob riscos e violência. É inaceitável que o banco tenha lucro acima da segurança e da saúde dos seus funcionários", relatou Neide.
O sindicato espera que a Superintendência convoque o Bradesco para uma intermediação para que a instituição mude a postura desta gestão abusiva.
Na manhã da quinta-feira, dia 09, o sindicato protestou contra a pressão constante por metas inatingíveis e assédio moral por parte do Bradesco, que tem levado a categoria bancária ao adoecimento mental. O ato ocorreu na agência do Bradesco da Rua Barão do Rio Branco, em Campo Grande.
Diversos bancários e bancárias do Bradesco estão afastados para tratamento mental, inclusive com internações hospitalares. Há agência em Campo Grande em que 18% dos funcionários estão afastados para tratamento de saúde.