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2 de Agosto de 2021 às 10:06

Encontro dos bancários do Bradesco do Centro-Norte discute propostas para o Encontro Nacional desta terça 3

Representantes da Fetec-CUT/CN participam do evento que tem como tema "O que queremos do Futuro é emprego, saúde e um Brasil melhor”


(Atualizada às 17h37)

A Federação dos Bancários do Centro-Norte (Fetec-CUT/CN) realizou na quinta-feira 29 de julho o Encontro Regional dos Funcionários do Bradesco, no qual elegeu os delegados e discutiu propostas para apresentar no Encontro Nacional dos bancários do banco, que será realizado nesta terça-feira 3, das 9h às 17h, com o lema “O que queremos do Futuro é emprego, saúde e um Brasil melhor”. Veja como será o Encontro Nacional.

O encontro virtual contou com a participação de 30 bancários de todos os 12 sindicatos da base da Federação. “Por ser num dia de semana e muitos dos diretores da base da Fetec-CUT/CN estarem em seus postos de trabalho, foi um número muito bom, uma vez que os delegados eleitos por suas bases para o Encontro Nacional se fizeram presentes nessa prévia do que será discutido no Encontro Nacional”, afirma Edegar Alves Martins, coordenador da COE Bradesco da base da Fetec-CUT/CN.

No primeiro ponto discutido no Encontro Regional, Magaly Lucas Fagundes, coordenadora nacional da COE Bradesco falou sobre o tema teletrabalho. Na discussão, surgiram dúvidas sobre qual a diferença de teletrabalho e home office. As dúvidas foram sanadas e ao final Magaly elencou as ações da COE junto ao banco para os esclarecimentos sobre teletrabalho. O Bradesco foi o primeiro banco a assinar o acordo sobre o tema, que visa dar condições para que o trabalhador possa atender às necessidades do banco de sua casa com toda a estrutura necessária.

“O acordo é que o banco dê suporte físico para o trabalho em casa, com computador, cadeiras específicas e descanso de pé para o melhor desempenho do funcionário”, diz José Avelino, funcionário do Bradesco e secretário de Administração e Finanças da Fetec-CUT/CN.

“Com relação à volta dos trabalhadores que estão em home office no pós-pandemia, foi informado que alguns gestores cobraram o retorno ao trabalho sem que estejam aptos a voltarem mesmo estando vacinados, pois é preciso ter um prazo de adaptação além de alta médica para recomeçar. O banco também irá se adequar para a manutenção de alguns funcionários no teletrabalho”, acrescenta Edegar.

Lucro, demissões e inteligência artificial

Nádia Vieira de Souza, economista do Dieese (Departamento Intersindical de Estudos e Estatísticas Socioeconômicas), mostrou as planilhas e fez uma avaliação do balanço do Bradesco no banco no primeiro semestre do ano. Segundo ela, apesar dos lucros o banco mantém a política de fechamento de postos de trabalho e demissões, transformando também 700 agências em unidades de negócios, além de criar agências com projeto piloto de banco do futuro, onde o cliente e funcionário têm que recorrer ao sistema de Inteligência Artificial, conhecido como BIA.

A economista afirmou também que a fusão do Bradesco com o HSBC facilitou a possibilidade de fechamento de postos de trabalho e redução do quadro de funcionários, implantando assim esse sistema de Inteligência Artificial de forma a descartar a necessidade de mão de obra humana, trocando-a por robôs.

Os problemas no tratamento pós-covid

Mauro Salles Machado, diretor de Saúde do Trabalhador e Trabalhadora de Contraf-CUT, juntamente com Janes Estigarribia, diretor de Saúde do Sindicato dos Bancários de Dourados e Região, abordaram os temas “Saúde e Covid-19”. “O mote principal do debate foi a questão do plano de saúde que não cobre todo o tratamento da Covid-19 por falta de médicos especialistas em várias áreas, principalmente para aqueles pacientes que têm alta e ficam com sequelas e o convênio não cobre tais especialidades”, explica o coordenador da COE Bradesco da Federação.

Alguns participantes relataram seus dramas com relação a esse assunto. Muitos têm que pagar o tratamento pós-covid e acabam se endividando para manter o tratamento. Um exemplo foi de um bancário que disse necessitar de sessões de fonoaudiologia, que lhe custou R$ 1.500,00 por 10 sessões de fisioaudiologia, além de outros tratamentos sem recursos do plano de saúde.

Nesse item, tirou-se como proposta que a Contraf-CUT e a COE cobrem do banco o credenciamento de profissionais que possam fazer os procedimentos necessários para o tratamento de pós Covid-9.  

 

Fonte: Fetec-CUT/CN


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