A luta contra a desvalorização e privatização dos bancos públicos ganhou força em Mato Grosso do Sul. Isso porque o Sindicato dos Bancários de Campo Grande-MS e Região realizou, na manhã desta terça-feira (24), o lançamento do Comitê de Luta dos Bancários em Defesa dos Bancos Públicos.
Compuseram a mesa de debate a presidenta do SEEBCG-MS, Neide Rodrigues, o vice-presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Vinicius Assumpção, o presidente da Central Única dos Trabalhadores em MS (CUT/MS), Vilson Gregório, e o presidente do SEEB-Dourados, Carlos Longo.
O encontro foi iniciado com uma breve apresentação dos objetivos e das estratégias que fazem parte dos comitês dos bancários que serão lançados em todo o Brasil - a intenção é alcançar 300 comitês para engajar cerca de 30 mil trabalhadores.
A presidenta do sindicato, Neide Rodrigues, falou da importância da criação do comitê e da escolha do tema “Defesa dos Bancos Públicos”.
“O comitê de lutas é uma organização feita pela nossa confederação para que pudéssemos discutir com a sociedade sobre temas importantes para a classe trabalhadora Neste caso dos bancos públicos, debater o papel estratégico dessas instituições na redução das desigualdades regionais, na garantia de que todos tenham acesso a serviços de interesse popular, no fomento ao desenvolvimento. Hoje estamos com duas frentes muito importantes, lançamos o comitê e temos a Campanha Nacional dos Bancários, esse é um desafio muito grande neste ano de 2022”, disse.
Vinicius Assumpção, vice-presidente da Contraf-CUT, destacou que a criação dos comitês são instrumentos fundamentais para mobilizar trabalhadores e trabalhadoras no atual cenário político que vivemos.
“É de extrema importância, e um desafio muito grande, criar um comitê de lutas e de fomentar o debate “O Brasil que nós queremos” aqui nesta região. Mas é preciso ter consciência que o comitê tem a função de ir além do processo eleitoral, temos que fazer com que a população entenda que ela tem que ser parte do cotidiano, da política”, afirmou.
Quanto ao tema “Defesa dos Bancos Públicos”, Vinicius parabenizou o sindicato pela escolha pois, para ele, não existe um país inclusivo, com igualdade e de oportunidades, sem bancos públicos fortes, que tenham um sistema financeiro voltado para questões sociais.
“A defesa dos bancos públicos é fundamental, pois está inserido no sistema financeiro que nós defendemos, um sistema financeiro mais inclusivo, que financie a geração de renda e emprego e o setor produtivo do país, ações que sejam inclusivas”, destacou.
O presidente da CUT-MS, Vilson Gregório, enfatizou que a criação do comitê é fundamental para manter um diálogo com a categoria e com a sociedade. “Este é um passo muito importante, sabendo da luta do sindicato sempre em defesa dos trabalhadores e trabalhadoras, promover um diálogo sobre o governo que nós queremos é de extrema importância para a categoria e para a sociedade, e o sindicato dos bancários de Campo Grande saiu na frente com esse debate”, afirmou.
Na ocasião, já definido como coordenador do Comitê, o secretário de Relações Sindicais e Saúde do sindicato e bancário da Caixa, Everton José Gaeta Espindola.
Everton disse que a luta não é apenas pela proteção dos bancos públicos, mas também pela sociedade de modo geral.
“Não é só uma questão de defesa dos bancos públicos, nós defendemos a redução de desigualdade, defendemos que os serviços sociais, de manutenção de uma vida mais digna para a população, que foram destruídos pelo atual governo, sejam estabelecidos novamente”, afirmou.
Na ocasião, também marcaram presença diversas lideranças: Élvio Vargas, presidente do Sinergia-MS; Andréia Ferreira, economista do DIEESE; Adilson Nascimento dos Santos, representante da Conecef; Eliane Oliveira, presidenta do Sindicato dos Correios (Sintect/MS); Cleo Bortolli, presidenta da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias (FETIEMS); além dos diretores do SEEBCG-MS.
Por: Felipe Gotardo/Assessoria de Comunicação do SEEBCG-MS
Fotos: Reginaldo de Oliveira/Martins e Santos Comunicação