A Campanha Nacional da categoria bancária neste ano será em defesa dos bancos e das empresas públicas. “Com o acordo de dois anos fechado e renovado, nossa pauta unificada é defender os bancos públicos e lutar contra a privatização, mas para isso precisamos debater, definir e organizar nossas estratégias de enfrentamento, além de ampliar nossa base de atuação, já que o ramo financeiro não é composto mais somente por bancários e bancárias, o número de financeiras e cooperativas têm aumentado, e são categorias, como todas as demais que precisam ter sindicato representativos e atuantes”, destaca a presidenta do Sindicato dos Bancários do Pará e bancária da Caixa, Tatiana Oliveira.
Para o diretor da executiva da CUT Nacional, Milton Rezende, o movimento sindical precisa se reinventar e ampliar as bandeiras de luta. “Os sindicatos precisam passar a representar ramos de atuação e não somente categorias e ir além das pautas específicas, incluindo temas que dialoguem com a sociedade e não se resumam apenas em notas de solidariedade. É pensar também em políticas públicas sociais e de inclusão”, afirma.
Funcef, condições de trabalho e Saúde Caixa foram os debates específicos do funcionalismo da Caixa explanados pelo diretor-presidente da APCEF/SP, Leonardo Quadros, que também é secretário de Imprensa e Comunicação da FETEC-CUT/SP, membro do GT Saúde Caixa e empregado da Caixa desde 2003.
“Graças ao nosso Acordo Coletivo de Trabalho não houve alteração no plano de saúde da Caixa, pois nenhuma mudança pode ocorrer sem debate com as entidades, além disso, a aprovação do Projeto de Decreto Legislativo (PDC) 956/2018 na Câmara dos Deputados, de autoria da deputada Erika Kokay (PT/DF), busca anular os efeitos de uma das resoluções mais nocivas aos planos de saúde das estatais, a Resolução 23 da Comissão Interministerial de Governança Corporativa e de Administração de Participações Societárias da União (CGPAR), contudo, ainda falta sua votação no Senado. Mas o governo não vai desistir e para isso precisamos resistir de forma organizada e mobilizada”, explica o dirigente sindical.
A resolução prevê um custeio paritário do plano, alterando o modelo atual, de 70% para a Caixa e 30% para os empregados. “O que vai tornar os planos de saúde inviáveis, do ponto de vista financeiro, e certamente, em meio a uma pandemia, nunca foi tão necessário ter um plano de saúde”, avalia a diretora de bancos federais do Sindicato dos Bancários do Pará e bancária da Caixa, Cristiane Aleixo.
Delegação paraense eleita 37º Congresso Nacional dos Empregados da Caixa Econômica Federal (Conecef)
Titulares
Tatiana Oliveira (Belém)
Cristiane Aleixo (Belém)
Ana Silmara (Parauapebas)
Paulo Lima (Belém)
Paulo Maurício Silva (Marituba)
Suplentes
Josiana Oliveira (Belém)
Luis André (Belém)
O 37º Conecef “em defesa da Caixa e de seus empregos. Por um Brasil melhor” acontece no dia 7 de agosto.
O Banco do Brasil (BB) está com inscrições abertas para o concurso público até o dia 28 deste mês. Serão 2.240 vagas imediatas e 2.240 para formação de cadastro de reserva. Com o concurso, o banco vai contratar 4.480 pessoas para o cargo de escriturário. “É importante entender esse movimento do concurso do BB é uma vitória da categoria, e devemos saber reconhecer o verdadeiro caráter disso”, comenta a diretora de Juventude e Gênero do Sindbancários de Porto Alegre e Região e representante da Fetrafi-RS na Comissão Executiva dos Empregados do Banco do Brasil, Bianca Garbelini, convidada para o Encontro Estadual do BB.
O Banco do Brasil foi o primeiro banco público do país e assim como as demais empresas estatais precisam de reconhecimento e valorização, e não de privatização.
“Empresas públicas salvam, o SUS é o maior exemplo disso, se não fosse o Serviço Único de Saúde, a situação do nosso país, nessa pandemia, seria muito pior. Com a privatização e fatiamento dos bancos públicos vai ficar cada vez mais difícil para o pequeno e médio empreendedor, produtor, agricultor conseguir crescer no mercado, já que os bancos privados financiam com juros altíssimos o que fica sendo inviável para quem está começando continuar ou quem quebrou, tentar se recuperar; além disso, a própria categoria também será prejudicada com demissões”, diz o diretor administrativo do Sindicato dos Bancários do Pará e bancário do BB, Gilmar Santos.
“É importante a luta dos trabalhadores e trabalhadoras em defesa das empresas públicas. Precisamos lutar ainda contra os desmontes do governo governo federal e a reestruturação do Banco do Brasil que só retira direitos dos trabalhadores”, avalia a diretora de Políticas Sociais da Contraf-CUT e bancária do BB, Rosalina Amorim.
Delegação paraense eleita para o 32º Congresso Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil (CNFBB)
Rosalina Amorim (Belém)
Rafaela Carletto (Santarém)
Idenê Gomes (Marabá)
Gilmar Santos (Belém)
Wellington Araújo (Marabá)
As atividades do 32º CNFBB serão realizadas no dia 8 de agosto, com o tema Construindo juntos o futuro do Banco do Brasil.
Fonte: Bancários PA