A luta do Sindicato pela inclusão da categoria bancária no grupo prioritário do Plano Nacional de Imunização (PNI) tem sido intensa e incansável. Na última sexta-feira (4) foi dado mais um importante passo. Em reunião com a deputada federal Erika Kokay (PT-DF), o Sindicato discutiu estratégias que garantam a imunização dos bancários e reforcem a defesa contra os ataques ao Banco do Brasil.
Após ouvir atentamente dos dirigentes sindicais a situação dramática vivenciada pela categoria bancária, cujos óbitos por covid-19 vêm crescendo assustadoramente entre os trabalhadores, a deputada Erika Kokay se comprometeu junto à direção do Sindicato na articulação política com o governo do DF.
“Agradecemos a ajuda da Erika na guerra para sensibilizar o governador Ibaneis Rocha da importância de vacinar a categoria bancária, que, além de ser considerada essencial e estar exposta à Covid-19 diariamente, ajuda diretamente a combater os efeitos da pandemia na sociedade. Dessa forma, nada mais justo do que vacinar os bancários o mais rápido possível”, ressalta o diretor do Sindicato Ronaldo Lustosa.
Em abril deste ano, a deputada apresentou uma emenda ao projeto de lei 948/2021 para assegurar, no Plano Nacional de Imunização (PNI) do SUS, prioridade da vacinação para bancários e bancárias. Contudo, a proposição foi rejeitada pela relatoria. Na reunião com o Sindicato, a deputada comprometeu-se em elaborar projeto de inclusão dos bancários no PNI.
Kokay justificou que parte considerável dos bancários nunca teve a oportunidade de viver o isolamento imposto devido à Covid-19, uma vez que fazem parte dos serviços considerados essenciais.
“É imprescindível garantir a esses trabalhadores e trabalhadoras direito à imunização prioritária, uma vez que estão mais expostos ao risco de contaminação pela covid-19”, defende a parlamentar.
O presidente do Sindicato, Kleytton Morais, reforçou a importância do diálogo com o parlamento, com as instâncias de governo e com o próprio governo para sensibilizar em relação às condições de insegurança em que os bancários atuam. “Além da proposição de um novo projeto de lei que assegure a inclusão da categoria no PNI, é importante o acompanhamento das outras iniciativas que tramitam nas casas (Câmara e Senado Federal), buscar diálogo com seus autores, com a relatoria das matérias que versam sobre o tema inclusão de grupos no PNI, cuja iniciativa é da deputada pelo DF Celina Leão, e com o próprio presidente, Arthur Lira”, explica o dirigente. “Nesses próximos dias, nós, dirigentes e categoria, precisamos mobilizar os esforços e pressionar os parlamentares e o governo, chamando a atenção para a situação crítica que põe em risco a saúde e vida dos bancários e clientes”, finaliza Kleytton.
FBB: atuação que inclui milhões de brasileiros e fortalece o papel público do BB
A defesa do Banco do Brasil foi outro ponto tratado no encontro com a parlamentar. O Sindicato, após contextualização dos ataques explícitos e recentes ao banco patrocinados tanto pela direção quanto pelo próprio ministro da Economia, destacou a preocupação que envolve a recente decisão do Tribunal de Contas da União (TCU) sobre as alterações que acabam sendo desencadeadas na Fundação BB, braço social do banco e, indubitavelmente, um dos pontos em que se materializa o espírito da atuação pública da instituição.
Na audiência foram discutidos ações e os próximos passos, para debater a defesa do Banco do Brasil e da Fundação BB. “Acompanhamos e reconhecemos há muito o destacado papel que a Fundação Banco do Brasil representa para milhões de brasileiras e brasileiros, nos milhares de municípios onde ela faz a diferença, assegurando oportunidade e dignidade àqueles esquecidos historicamente pelo estado brasileiro. Nosso olhar é para que essa continuidade não seja rompida”, defende a deputada Erika Kokay. E aponta: “os níveis de excelência alcançados pela Fundação Banco do Brasil são, reconhecidamente pelos órgãos de controle e consultorias independentes, em função dos funcionários de carreira do BB que atuam cedidos à FBB, por isso buscaremos dialogar nos fóruns adequados, para que possamos destacar os riscos incalculáveis que essa possível decisão possa significar para milhões de vidas e para a imagem e valor do próprio Banco do Brasil”, conclui a parlamentar.
Participaram da reunião, além do presidente do Sindicato, Kleytton Morais, os dirigentes Amarildo José de Carvalho (Fetec/CUT – CN), Humberto Maciel e Ronaldo Lustosa (diretores do Sindicato).
Para os dirigentes sindicais, a Fundação BB e o próprio banco, de forma indiscutível, contribuem para o apoio e transformação da vida de milhares de brasileiros e brasileiras. “Ao longo das crises, por exemplo de 2018 e agora na pandemia, o BB tem sido crucial na oferta de crédito para pessoas física e em especial às microempresas, contribuindo para a manutenção do consumo e a defesa dos empregos, demonstrando a sua capacidade de contribuição para os brasileiros”, aponta Humberto Maciel, diretor do Sindicato.
Da Redação