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21 de Setembro de 2021 às 07:23

Sindicato faz protesto e fiscalização em Brasília, contra decisão unilateral do BB de retorno ao trabalho presencial


A semana começou com luta em Brasília. Nesta segunda-feira (20), antes das 7h, diretores do Sindicato e da Federação dos Bancários do Centro Norte (Fetec-CUT/CN) já se encontravam nos prédios administrativos em protesto contra a decisão do banco de convite dos funcionários que estão em home Office a retornarem ao trabalho presencial. Os atos cobram respeito por parte do banco à vida de bancários e bancárias, à mesa de negociação e ao Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) Emergencial da Covid-19.

Os protestos, organizados pelo Sindicato, buscaram diálogo com os trabalhadores que foram pegos de surpresa na última quinta-feira (16), quando o banco divulgou comunicado interno informando que os bancários e bancárias que estão em home office, e não pertençam ao grupo de risco, poderiam retornar ao trabalho presencial de forma “voluntária” a partir desta segunda.

Para o presidente do Sindicato, Kleytton Morais, “não dá para o BB, unilateralmente por em risco a construção negocial que ao longo desses um ano e sete meses garantiu protocolos de saúde e segurança decisivos à proteção das vidas. A postura adotada pelo banco desrespeita a mesa de negociação, romper o acordo e colocar em risco a vida dos trabalhadores e trabalhadoras do banco. Nós dialogamos com a ciência e é sabido que ainda não é a hora de retornar. Esperamos que a direção do banco reveja esta medida e se sensibilize para proteger a vida”.

Bancário do BB, o dirigente sindical frisa ainda que “o processo de retorno ao trabalho precisa ser algo pensado, dialogado e organizado, observando os números de involução da doença para salvaguardar a vida dos bancários”.

“Pudemos verificar diretamente nos locais de trabalho situações que temíamos com a postura unilateral adotada pelo banco. Neste aspecto, tivemos a oportunidade de destacar diretamente à direção do BB os riscos que a medida poderia ensejar. Ainda estamos na pandemia, por isso é inadmissível tratar a questão do retorno ao presencial como algo voluntário. Pelo contrário, o banco precisará de toda atenção, planejamento e prudência para restabelecer, no momento adequado, o trabalho presencial. Atenção e planejamentos esses que precisam com urgência serem reforçados nas unidades de negócios e PSO, de modo a reforçar a proteção dos colegas e assegurar condições dignas de trabalho. Esse sim um critério de justiça a se adotar”, destaca Kleytton. O BB se comprometeu a reunir com o Sindicato nessa sexta-feira (24).

Kleytton Morais, presidente do Sindicato, conversa com o presidente do BB, Fausto de Andrade Ribeiro, no hall do Edifício BB

“O Brasil caminha para 600 mil mortes por covid-19 e os números da vacinação ainda são muito baixos. Sendo o espaço bancário um local propício à disseminação e contaminação do vírus, esse pedido de retorno ao trabalho presencial é a continuação do projeto de extermínio do governo federal. Os atos de hoje também têm como finalidade esclarecer e convencer os colegas sobre o risco do retorno sem que tenha havido diálogo com os representantes dos bancários”, comentou o diretor do Sindicato e bancário do BB, Rafael Guimarães.

Samantha Nascimento, diretora da Fetec/CN, alerta para os riscos de infecção pelo vírus. “A pandemia ainda está aí e a maioria das pessoas não tomou a segunda dose da vacina. É preciso que o banco volte atrás na decisão e negocie com os bancários e bancárias do BB para que, no momento oportuno, o retorno ao trabalho presencial se dê de maneira responsável, garantindo a saúde e a vida dos trabalhadores”, finalizou a dirigente.

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