Depois de um plano de reestruturação anunciado pela direção do Banco do Brasil no dia 11 de janeiro deste ano, o Sindicato dos Bancários de Campo Grande-MS e Região realiza mais uma ação contra o desmonte do banco público. Com o tema “Sou contra a reestruturação do BB”, a campanha atinge as redes sociais e as ruas de Campo Grande.
Para mostrar repúdio à reestruturação, os bancários e as bancárias, além da população em geral, poderão utilizar no Facebook o filtro para a foto de perfil disponibilizado pelo sindicato. Para usar este tema, basta clicar na arte abaixo e depois em “usar como foto do perfil”.
Também está sendo iniciada uma campanha de conscientização nos ônibus da Capital de Mato Grosso do Sul, através de busdoor, para informar a população sobre como o desmonte do banco público atinge não só os bancários, mas toda a sociedade.
“Essa reestruturação não foi dialogada ou negociada com os trabalhadores, por isso fizemos essa campanha para envolver a população e os bancários contra esse desmonte do Banco do Brasil. A mobilização de todos é essencial para podermos tentar impedir mais esse ataque privatista ao banco público”, afirma a presidente do SEEBCG-MS, Neide Rodrigues.
O papel social do Banco do Brasil garante o financiamento da casa própria, o FIES, a agricultura familiar e o agronegócio. Enquanto instituição forte e pública, o banco é essencial para a inclusão social, para o atendimento bancário da população e para o desenvolvimento econômico do país. Além de continuar sendo um banco altamente lucrativo: o lucro líquido do BB nos primeiros nove meses de 2020 foi de R$ 10,189 bilhões.
Além disso, nos próximos dias, os dirigentes sindicais colocarão cartazes em todas as agências do BB para alertar os clientes da reestruturação que irá fechar 300 agências e que já extinguiu a função de caixa. A população que enfrenta filas e dificuldades no atendimento, terá um serviço ainda mais precarizado com a falta de agências bancárias e caixas, empurrando os clientes para lotéricas, caixas eletrônicos, ou internet.
O plano prevê mudanças em 870 pontos de atendimento por meio do fechamento de agências, postos de atendimento e escritórios e a conversão de 243 agências em postos. Também estão previstas a transformação de oito postos de atendimento em agências. O PDV prevê duas modalidades de desligamento: o Programa de Adequação de Quadros (PAQ), para o que a direção do banco considera excessos nas unidades; e o Programa de Desligamento Extraordinário (PDE), para todos os funcionários do BB que atenderem aos pré-requisitos.
Cerca de 1.091 bancários do Banco do Brasil que estão na base do SEEBCG-MS poderão ser atingidos pelas mudanças. Junte-se à luta e participe da campanha contra a reestruturação do Banco do Brasil.