O Sindicato sempre foi contrário ao modelo de PSO (Plataforma de Suporte Operacional) adotado pelo Banco do Brasil, por colocar os trabalhadores em condição muito fragilizada diante do modo de organização do quadro de pessoal. Além de isolá-los no processo de ascensão profissional – neste setor há possibilidade de encarreiramento -, nesse modelo eles ainda ficam sujeitos a rodízios não programados e abusivos por parte de gestores, sem direito de escolha.
O ataque à figura dos caixas, com ameaças de descomissionamento generalizado, foi uma constante no governo Bolsonaro. As tentativas só não foram adiante por força de uma liminar, que impede o acionamento de escriturários para substituírem os caixas atualmente efetivos, obrigando, por outro lado, os gerentes de módulo a abrir o caixa sem receberem pelo risco.
Os trabalhadores do PSO ainda sofrem com as metas absurdas, tanto na quantidade como no processo para tentar cumpri-las, além de cuidarem do GAT, que sofre com o atendimento de pessoas que necessitam de auxílios. Para piorar, em algumas agências, onde estão lotados, não recebem ajuda de forma alguma, pois pertencem a prefixo diferente (para algumas confraternizações das agências nem são convidados). Além disso, os processos de venda de produtos, esteiras de conformidade e pagamentos de DJOs colocam os caixas sob constantes ameaças de diferenças por terem que alternar a atenção o tempo todo.
O Sindicato recebeu ainda denúncia e vai apurar a prática de assédio contra funcionários que estão sendo selecionados para rodízios, todos os dias, para agências muito distantes de suas residências – de 25km a 40km. Além do transtorno de constantemente serem avisados em cima da hora, a prática deixa os trabalhadores à mercê do uso de veículos de aplicativos para se deslocarem. O agravante é que, em algumas regiões administrativas, os motoristas não aceitam a corrida por não valer a pena, o que acaba deixando os trabalhadores esperando até 1 hora para conseguir alguma corrida.
Sindicato solicitará reunião
Diante das características das denúncias, constata-se claramente a prática clássica de assédio, pois há ao mesmo tempo reiteração, isolamento e até falta de solidariedade dos colegas que são lotados no PSO. Diante disso, o Sindicato vai solicitar uma reunião com os responsáveis pelo setor, para cobrar uma resposta de modo a interromper essa prática que adoece física e mentalmente.
Da Redação