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19 de Junho de 2024 às 17:06

Rodrigo Britto lança carta aberta aos funcionários do Banco do Brasil

'É preciso mudar a lógica do banco, valorizar seu corpo funcional e fortalecer o papel público deste patrimônio do povo brasileiro. O funcionalismo terá coragem para realizar a luta caso tais mudanças não ocorram''


Queridas(os) colegas do BB,

Nesta última terça, 18 de junho, nossa minuta de reivindicações foi entregue aos representantes da direção do Banco do Brasil. Além dela, que refere-se ao nosso ACT – Acordo Coletivo de Trabalho, vários temas, como Cassi, Previ, pautas específicas de segmentos e setores da empresa, foram apresentados para conhecimento do banco.

As mesas de negociação com a direção do Banco do Brasil ocorrerão todas as semanas de julho e agosto. O objetivo é construir uma proposta positiva para renovação do nosso ACT e buscar avanços concretos em relação às demais demandas específicas.

Em Brasília, desde o final do ano passado, foram realizadas reuniões nos locais de trabalho, reuniões mensais com os(as) delegados(as) sindicais e compartilhadas informações pelos meios de comunicação do nosso Sindicato dos Bancários, de forma virtual e física, em especial pelo Espelho DF.

No dia 13 de abril, foi realizado o Congresso Distrital dos(as) Funcionários(as) do BB e, no dia 20 de abril, o Congresso Distrital dos(as) Bancários(as). Após esses eventos, tivemos os fóruns regionais e nacionais da categoria e demais trabalhadores(as) do ramo financeiro.

Chegamos a um momento em que precisamos fortalecer nossa atuação e mobilização visando pressionar a direção do banco. A ideia é arrancar uma boa proposta por meio do diálogo e da boa negociação. Mas tenho certeza de que o funcionalismo, caso seja necessário, não se furtará a utilizar o movimento paredista para exigir respeito e valorização.

Sendo assim, enquanto representante do funcionalismo do BB das regiões Centro-Oeste e Norte na mesa de negociação, irei propor e executar junto com nossos dirigentes da base da Fetec-CUT/CN uma forte ação no interior dos nossos estados rumo às capitais, com o objetivo de dialogar e mobilizar aqueles(as) colegas do banco que ainda não estejam tão atentos à Campanha Nacional dos Bancários 2024.

Por fim, gostaria de abordar um último tema com meus colegas de BB. Precisamos mudar a cultura do individualismo e desmonte das estruturas do banco que foi implementada na direção da empresa nestes últimos anos, em especial de 2016 até 2022.

O fantasma da privatização prejudicou nossas carreiras com reestruturações, fechamento de agências, precarização da Ditec e DG, terceirização da atividade-fim, fraudes trabalhistas, falta de empatia entre colegas e, principalmente, com a implementação do Performa, novos sistemas de avaliações individuais e o PDG.

É necessário que a atual gestão do Banco do Brasil tenha a coragem de varrer para fora da empresa todo estrago feito pelas gestões anteriores. É preciso mudar a lógica do banco, valorizar seu corpo funcional e fortalecer o papel público deste importante patrimônio do povo brasileiro. É preciso ter coragem para fazer as mudanças necessárias. Da mesma forma que o funcionalismo do BB terá coragem para realizar a luta caso tais mudanças não ocorram.

Um forte abraço e até a vitória!

Rodrigo Britto
Presidente da Fetec-CUT/CN e membro da CEBB


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