O Sindicato realizou na noite dessa quinta-feira (21) plenária com os colegas do BB lotados em centros administrativos com vistas a debater as condições de retorno ao trabalho presencial. O objetivo da reunião foi esclarecer e organizar as tratativas de negociação e fiscalização das condições de trabalho no banco.
Para o presidente do Sindicato, Kleytton Morais, “é preciso deixar claro que a tomada de decisão do Banco do Brasil não está justificada em parâmetros de razoabilidade negocial”, destaca o dirigente. “Nas primeiras reuniões de negociação que tivemos com o banco, fizemos essas provocações, com base inclusive nas próprias declarações à imprensa e notas explicativas dos balanços financeiros recentes da instituição que atestam ganho de produtividade com a implementação do modelo de home office, decorrente da pandemia. Logo, o que se vê é uma decisão com fundamentos ideológicos, lamentavelmente,” conclui.
Após explicar os objetivos da plenária e dar informes das negociações com o BB, a direção do Sindicato debateu e esclareceu questões levantadas.
Os funcionários colocaram em destaque na plenária o seguinte questionamento: Qual a explicação para o retorno presencial, sendo que o trabalho de forma remota atendeu plenamente as expectativas, segundo avaliação da própria instituição?
A conclusão é de que a postura do BB configura retrocesso de trabalho remoto com uma super inovação. Desconsidera os benefícios como redução de custos e melhora na qualidade de vida dos funcionários.
Também foram destacadas situações em que o espaço de trabalho é totalmente restritivo à saúde, sobretudo em tempos de pandemia. A “Sala da Nasa”, na Ditec, foi um dos exemplos destacados. Lá, convivem dezenas de pessoas num espaço fechado, sem qualquer possibilidade de circulação e renovação de ar.
Para os participantes da plenária, a solução para o constrangimento e a insegurança causados pela direção do BB é possível e está prevista. Basta implementar o acordo de teletrabalho, pós-Covid.
Fortalecimento dos protocolos
As medidas exigidas passam pelo fortalecimento dos protocolos para o retorno ao trabalho presencial, com destaque para:
Para a diretora da Fetec-CUT/CN Rejane Marques, “é importantíssimo que o BB valorize a negociação coletiva e implemente medidas que fortaleçam os protocolos de enfrentamento à Covid, como a adoção de turnos nos locais de trabalho, com vistas a diminuir o número de pessoas durante o mesmo período nas dependências. Isso reduzirá os riscos de contaminação entre os colegas”.
Também participaram da plenária os dirigentes Adamour Lobo, Fernando Vargues, Wescly Queiroz e Zezé Furtado.
Encaminhamentos
A plenária reforçou o entendimento de a decisão administrativa do BB de retomar o trabalho presencial ainda em plena pandemia é irascível e contraria a tomada de decisão pautada na sustentabilidade, com respeito ao clima organizacional que reflete diretamente nos índices de produtividade, já apresentados pelo banco.
Da Redação