O presidente do Banco do Brasil, Fausto de Andrade Ribeiro, foi convocado a prestar informações à CAE (Comissão de Assuntos Econômicos), no Senado, sobre critérios políticos para a concessão de empréstimos para estados. O banco público tem segurado o crédito para estados comandados por adversários políticos do presidente da República.
Em alguns casos, onde os governos estaduais fazem oposição a Bolsonaro, foi necessário recorrer ao STF (Supremo Tribunal Federal) para obter os recursos. O BB simplesmente abandonou as negociações para a concessão do crédito sem maiores explicações.
A atual direção do Banco do Brasil ignora que a política da aplicação de recursos das agências financeiras oficiais de crédito deve ser destinada para reduzir as desigualdades regionais e não para fins políticos. A utilização da máquina do Estado para realizar discriminação político-partidária deve ser duramente investigada.
Por causa do tratamento hostil e discriminatório do BB, alguns Estados que sofrem com a seca ou até mesmo com alagamentos, vivem o drama da perseguição política, e isso só tem atrasado a retomada da economia, ainda mais com os problemas recentes de calamidade pública, causadas pelas fortes chuvas, no Rio de Janeiro, Minas Gerais e Bahia.