Em reunião realizada na tarde desta quinta-feira 4 em Brasília, a Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB) e a direção do BB definiram o calendário das mesas permanentes de negociação. Entre os temas com datas já definidas estão o combate ao assédio, resolução de questões relacionadas à Plataforma de Suporte Operacional (PSO), Centrais de Relacionamento do Banco do Brasil (CRBB), Performa e promoção da igualdade de oportunidade dentro da empresa.
Nessa primeira reunião participaram a vice-presidenta de Gestão de Pessoas, Ana Cristina, e toda a equipe que participará das negociações representando o banco.
“Os representantes dos funcionários apresentaram as principais reivindicações da categoria, com ênfase para a questão do assédio moral, que é acentuada pelo programa Performa, de remuneração variável. Também denunciamos que a GDP tem sido usada como instrumento de pressão para cima dos funcionários, levando ao assédio moral e ao adoecimento nas equipes”, informa Cleiton dos Santos Silva, presidente da Federação dos Bancários do Centro-Norte (Fetec-CUT/ CN), que é funcionário do BB e participou da reunião.
“O banco está com um discurso novo, até por conta da nova presidência que vem se mostrando aberta às pautas dos trabalhadores, como por exemplo não aceitar mais o assédio. É importante, agora, que essa mudança da direção se reflita na base”, apontou a representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) na CEBB, Fernanda Lopes.
A reunião determinou as seguintes datas, relacionadas às mesas permanentes temáticas:
30/05 – Combate ao assédio e avaliação da Gestão de Desenvolvimento por Competências (GDP);
21/06 – Caixas e demais comissionados estão no sistema da Plataforma de Suporte Operacional (PSO);
12/07 – Centrais de Relacionamento do Banco do Brasil (CRBB);
20/07 – Promoção da Diversidade/Igualdade de Oportunidade;
11/09 – Plano de Cargos e Salários e Programa Performa;
28/09 – Caixa de Assistência dos funcionários do Banco do Brasil (Cassi).
Revisão da Tabela PIP
Os representantes dos trabalhadores também cobraram da direção do banco a entrega da revisão da tabela de Pontuação Individual do Participante (PIP), sistema de cálculos usados na Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil (Previ), que permite aos trabalhadores do BB, associados ao plano Previ Futuro, somarem mais recursos à aposentadoria.
“A revisão da PIP é uma antiga reivindicação dos trabalhadores, porque impacta no saldo final da sua aposentadoria. Uma das conquistas assinadas no último Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) específico do BB foi justamente a revisão desse critério de pontuação. Mas, até agora, não houve mudança alguma”, observou o representante da Federação dos Bancários no Estado de São Paulo (Fetec-SP) na CEBB, Getúlio Maciel.
Bancos incorporados
Também foi colocada na mesa as reinvindicações das funcionárias e funcionários dos bancos incorporados, sobre acesso igual aos serviços da Cassi e da Previ. “Ficou definida nesta reunião a criação de um grupo de trabalho para alcançar uma resolução dos problemas do Economus e dos trabalhadores egressos dos bancos incorporados”, destacou Fernanda Lopes, lembrando que, nos últimos anos, a situação dos funcionários incorporados se agravou, sobretudo no que se refere ao plano de saúde dos aposentados, com reajustes nas revisões trimestrais de custeio do FEAS e Economus Futuro.
Teletrabalho
Nesta sexta (5), o BB divulgou nota sobre expansão do Trabalho Remoto Institucional (TRI), ou teletrabalho, em caráter de teste para as redes Varejo, Atacado e Setor Público. “O banco informou que a expectativa é que, até o fim de maio, 2,4 mil funcionários da rede estejam aptos a trabalhar remotamente de forma híbrida”, explicou Fernanda Lopes. “Esta é mais uma pauta do movimento sindical. Como temos apresentado em todas as mesas de negociação, a demanda pelo teletrabalho é grande nas áreas meio, especialmente nos escritórios, e existe estrutura tecnológica e espaço para o banco avançar nesta implementação”, completou.
Na nota, o BB destacou que a adesão das áreas, “em caráter de teste” para a implementação do teletrabalho, “dependerá do tipo de unidade das atividades realizadas, do atendimento de requisitos pelos funcionários e da disponibilidade de equipamentos”. Entre as unidades pilotos, anunciadas pelo banco, estão CRBBs, Escritórios Corporate, Escritórios Exclusivo, Escritório Leve, Escritórios Setor Público, Agência assessoria em investimento, SAC e Superintendências.
Fonte: Contraf-CUT/CN, com Fetec-CUT/CN