Em mais uma demonstração de desprezo pela vida e pela saúde, o presidente do Banco do Brasil protagonizou cenas lamentáveis em meio à pandemia do coronavírus. Fausto de Andrade Ribeiro promoveu nesta terça-feira (22) aglomerações e, não bastasse, fez uma festa nas dependências do BB na qual as medidas de segurança, os decretos distritais e a própria norma interna do banco foram descumpridos. Ao som do sertanejo Gusttavo Lima, vários dos convidados não usaram máscara ou respeitaram o distanciamento mínimo exigido.
Um vídeo recebido pelo Sindicato mostra Fausto sem máscara, item básico para prevenção da Covid-19. Em outro registro, o presidente do banco posa para foto no auditório do Edifício BB ao lado de dezenas de pessoas, duas delas sem o equipamento de proteção individual. Informações obtidas pelo Sindicato dão conta de que o encontro e a festa foram organizados para receber gestores do banco.
Para o presidente do Sindicato, Kleytton Morais, “a aglomeração em ambiente fechado no momento em que os números de contaminados voltam a assustar o país é, no mínimo, um desrespeito de Fausto diante da tragédia que é a pandemia. A festinha promovida pelo presidente de um dos maiores bancos do mundo revela o desdém pela vida de bancários e pelas normas internas assinadas por ele mesmo”.
Ao longo da pandemia, o presidente do banco revelou sua posição contra a vida e a saúde dos trabalhadores. A pressão para retorno ao trabalho presencial dos bancários do grupo de risco no momento de explosão do número de casos de contaminados pela variante ômicron nas agências e prédios administrativos é uma das provas. Este mês, inclusive, o Sindicato denunciou uma tentativa de obstrução da justiça sobre o direito ao trabalho remoto pelas pessoas que integram o grupo de risco. São sucessivas as ações de desrespeito às vítimas dessa doença e às medidas de segurança e saúde.
A festa promovida por Fausto também contraria o Decreto Distrital nº 42.928, de 19 de janeiro deste ano, onde fica determinada a obrigatoriedade do uso de máscara em todos os espaços.
Joanna Alves
Do Seeb Brasília