Notícias

home » notícias

29 de Janeiro de 2021 às 15:31

Funcionários do Banco do Brasil fazem paralisação de 24 horas em Mato Grosso


A paralisação de 24 horas dos funcionários do Banco do Brasil nesta sexta-feira (29.01), foi um alerta contra a reestruturação anunciada pela direção do banco. No Estado, a mobilização organizada pelo Sindicato dos Bancários de Mato Grosso (Seeb/MT) contou com 100% de agências fechadas na Região Metropolitana e várias do interior do Estado, além da realização de ato de protesto e tuitaço. 

O Ato Político de protesto contra o desmonte do BB foi realizado das 9h às 11h, na Agência BB localizada na Avenida da FEB, em Várzea Grande, que será fechada com a reestruturação.

O pacote de maldades do governo Federal prevê o fechamento de centenas de agências, postos de atendimento e escritórios, além da demissão de 5 mil funcionários. Em todo o país, devem ser fechadas 361 unidades - 112 agências, 7 escritórios e 242 postos de atendimento - no primeiro semestre deste ano. Em Mato Grosso, a previsão é de fechamento de sete unidades. Mas, o número exato de agências fechadas no estado ainda deve ser anunciado oficialmente pelo Banco do Brasil.  

“Precisamos reverter urgentemente essa reestruturação. Além de defender os postos de trabalho, nesse tempo de desemprego, a nossa luta é em defesa de um Banco do Brasil, como instituição pública importante para o processo de desenvolvimento do nosso país e, principalmente para a vida dos brasileiros. Vários municípios brasileiros têm apenas a agência do BB para dar assistências ao pequeno agricultor, ficarão desassistidos e terão que se deslocar para outro município em busca de financiamento para o plantio”, alertou o presidente do Seeb/MT, Clodoaldo Barbosa. 

O secretário de Assuntos Jurídicos do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários e Ramo Financeiro (SEEB-MT) e funcionário do BB, Marcílio Lima, em entrevista ao Jornal da Capital, da rádio Capital FM, desta sexta-feira (29.01) afirmou que essa é paralisação por apenas 24h. “A nossa paralisação tem por objetivo demonstrar a disposição de defender o BB público para todos e de abrir negociação. Mas é também a forma eficaz de colocar no centro do debate nacional os efeitos para o país desse desmonte se for efetivamente concretizado e abrir negociação com a direção do Banco”, afirma Marcilio, informando que segunda-feira, 1º de fevereiro, a Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), deve tentar uma negociação com o banco, porém, caso as negociações não avancem, a paralisação por tempo indeterminado não está descartada. 

Para o funcionário do BB e secretário geral do Sindicato dos Bancários de Mato Grosso (Seeb/MT), Alex Rodrigues, o que está em curso é o desmonte da instituição financeira na tentativa de privatizar depois. “Nós estamos aqui hoje contra essa política do governo Bolsonaro que quer privatizar o Banco do Brasil. Para demonstrar esse governo cruel, que não cuida da vida das pessoas, mas atrapalha. Não podemos aceitar essa política econômica, que precarização as condições de trabalho e precarização o atendimento”, explica Alex.

“Com o corte dos funcionários, os que não saírem nos dois programas de desligamento ficarão ainda mais sobrecarregados e os clientes com atendimento precário. Para piorar, o governo anuncia o corte de salário de 10 mil trabalhadores que atuam nos caixas em uma medida unilateral”, completa o Alex Rodrigues. 

O descomissionamento dos empregados é mais um ataque e mostra que a reestruturação só trará prejuízos. O BB quer extinguir a função de Caixa Executivo ainda em fevereiro e reverter os trabalhadores neste cargo a escriturários.


Notícias Relacionadas