A Federação dos Bancários do Centro-Norte (Fetec-CUT/CN) reuniu nesta segunda-feira 12, em plenária virtual, dirigentes de seus sindicatos filiados para discutir o fechamento das CliniCassi (clínicas próprias da Cassi, plano de saúde dos funcionários do Banco do Brasil) na região Norte. No encontro, os dirigentes decidiram tomar uma série de medidas para reverter o fechamento das CliniCassi, o que inclui ampliar a campanha de esclarecimento junto aos associados, aos sindicatos e às entidades do funcionalismo do BB, dentro e fora da região, incluir o tema nas negociações permanentes da Comissão de Empresa dos funcionários com o banco e solicitar reunião com a direção da Cassi e do Banco do Brasil para defender os direitos dos associados e de suas famílias.
"Não podemos aceitar o fechamento das CliniCassi na nossa região. Temos que ir aos locais de trabalho conversar com os funcionários do BB e explicar as perdas que eles e suas famílias sofrerão com essa decisão, mobilizar os sindicatos e as entidades todas do funcionalismo. Reverter essa decisão extremamente prejudicial para nós e nossas famílias é uma tarefa que depende principalmente de nós e de nossa capacidade de mobilização", afirma Cleiton dos Santos Silva, presidente da Fetec-CUT/CN, funcionário do Banco do Brasil e associado da Cassi.
"Com essa decisão, nós moradores da região amazônica seremos rebaixados pela Cassi para associados de segunda categoria, mesmo fazendo a mesma contribuição e pertencendo à mesma empresa. E isso é inaceitável, principalmente nessa conjuntura política, com um governo que defende a ampliação de diretos dos trabalhadores e em que a Amazônia volta a figurar no centro da atenção mundial", acrescenta Cleiton.
Os conselheiros deliberativos eleitos da Cassi Alberto Alves Júnior (titular, de Brasília) e Gilmar José dos Santos (suplente, de Belém, onde também é diretor do Sindicato), que tomaram posse em 1º de junho de 2022, participaram da reunião virtual pela plataforma Zoom e explicaram aos dirigentes presentes como foi o processo de tomada de decisão de fechamento das CliniCassi no Norte do país.
A decisão de acabar com as gerências administrativas das CliniCassi no Norte, portanto situadas nas bases representadas pela Fetec-CUT/CN, foi tomada pelo Conselho Deliberativo e pela Diretoria Executiva em reunião realizada em 31 de dezembro de 2021. E executada entre novembro de 2021 e janeiro de 2022. Em 31 de maio de 2022, último dia antes da posse dos dirigentes eleitos em abril do ano passado, as duas instâncias da gestão da Cassi aprovaram a expansão em outras regiões do país do programa de Atenção Primária à Saúde (APS), que norteia os princípios da CliniCassi.
As CliniCassi são serviços próprios de atendimento da Caixa de Assistência dos Funcionários do Brasil, que seguem o modelo de Atenção Primária à Saúde (APS). Possuem equipes multidisciplinares de saúde que atendem os associados e suas famílias com foco em ações de promoção, prevenção, proteção, diagnóstico, tratamento e reabilitação. É um modelo que prioriza a promoção da saúde, ao contrário dos planos tradicionais de mercado, que visam somente a cura de doenças.
As unidades CliniCassi gerenciam todo o atendimento da Cassi no Estado, incluindo a parte administrativa, as negociações com os prestadores de serviços, o relacionamento com os associados e suas famílias e o atendimento de saúde da clínica. O objetivo alegado pela direção da Cassi para fechar essas clínicas próprias é reduzir custos nas unidades onde o número de atendimentos é menor, para ampliar as unidades dos Estados com população maior.
"É uma economia insignificante para o tamanho da Cassi e uma relação custo-benefício sem sentido. É mais ou menos como você ter uma casa e, pra construir uma piscina, resolve vender a bicicleta", compara Cleiton dos Santos.
Também participaram do encontro virtual Wadson Boaventura, coordenador do Coletivo de Saúde e Condições de Trabalho da Fetec-CUT/CN; José Avelino, secretário de Administração e Finanças da Federação; os presidentes dos sindicatos de Rondônia (Ivone Colombo), Amapá (Samuel Bastos), Dourados (Carlos Longo) e Rondonópolis (Almir Araújo); e os dirigentes sindicais Wesley (Sintraf-RR), Neném Almeida (diretor do Seeb Acre e secretário de Política Socioambiental da Fetec), Edson Tavares (Seeb RO), Janes (Seeb Dourados), Keli (Seeb RO), Maryalba, Eliseu, Wellington Araújo e Rafaela Carletto.
Fonte: Fetec-CUT/CN