Neste momento em que a Campanha Nacional entra em uma fase decisiva, o Sindicato realizou o Dia Nacional de Luta dos Funcionários do Banco do Brasil, nesta quinta-feira (8), em frente ao Edifício Sede I, na 201 Norte, para cobrar respostas mais concretas do banco e garantir que as demandas dos bancários sejam ouvidas e atendidas. Dirigentes sindicais também conversaram com os trabalhadores, reforçando a importância da união da categoria para garantir avanços nas negociações.
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Com o início das rodadas de negociação entre o Comando Nacional dos Bancários e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) que tratam das cláusulas econômicas, é essencial o engajamento de todos para o sucesso da campanha, uma vez que as discussões avançam no âmbito do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) dos funcionários do BB, em que o banco começará a apresentar respostas às reivindicações específicas dos trabalhadores.
Abacaxis para os funcionários
Durante o ato, dirigentes sindicais serviram abacaxis aos bancários, como uma forma de denunciar como o BB trata, diariamente, seus funcionários. “Estamos fazendo uma denúncia dos ‘abacaxis’ que o banco dá para seus funcionários, especialmente a vice-presidência de Varejo, com a entrega de metas abusivas e avaliações inadequadas”, destacou o presidente da Fetec-CUT/CN e membro do Comando Nacional dos Bancários, Rodrigo Britto.
E enfatizou: “Queremos que o banco valorize o corpo funcional e que, na próxima mesa de negociação, dia 14 de agosto, dê a eles uma devolutiva que seja positiva e não mais um ‘abacaxi’ para ser descascado. Vamos valorizar os trabalhadores, BB!”
Secretária das Mulheres do Sindicato, Zezé Furtado endossou: “Estamos descascando os ‘abacaxis’ que o BB coloca nas nossas mãos. O banco precisa se comprometer e dar respostas mais contundentes, mais efetivas, com relação às necessidades dos funcionários. É preciso mudar de atitude diante do que está acontecendo, com o Performa, PDG. Estimular competição só tem adoecido os trabalhadores. Precisamos dividir esse bolo porque o lucro do banco é muito alto e é possível aumentar nossa PLR”.
Para o diretor do Sindicato Humberto Maciel, é inadmissível o BB ter a coragem de alegar que não tem dinheiro para entregar aos funcionários coisas básicas, como plano de cargos e salários, enquanto tem a previsão de fechar o ano com um resultado de quase R$ 40 bilhões. “Um banco que se diz público, a serviço do povo brasileiro, tratar seus funcionários com descaso, é um absurdo”, avalia, lembrando que nas negociações com a Fenaban é sempre um não como resposta para as reivindicações dos trabalhadores.
Rafael Guimarães, diretor do Sindicato, reforçou que a função do BB, que faz parte da história nacional, é fomentar desenvolvimento, ser fiel ao povo e justo com os seus funcionários. “Essa mobilização é por isonomia para os trabalhadores terceirizados, para dizer não à terceirização da Ditec, por novos planos de comissão e por um índice justo”.
“Estamos cobrando uma alteração significativa no novo Plano de Cargos e Salários, mas também a eliminação das ferramentas que têm adoecido os funcionários. Portanto, BB público, a serviço do povo brasileiro, tem de respeitar a população. Isonomia de direitos incorporados também para os novos trabalhadores”, reforçou Wadson Boaventura, diretor da Fetec-CUT/CN.
Mariluce Fernandes
Do Seeb Brasília