Nesta quinta-feira, dia 21, o Sindicato dos Bancários de Campo Grande-MS e Região participa do Dia Nacional de Luta contra a reestruturação do Banco do Brasil. Os dirigentes sindicais e empregados do BB vestiram preto para mostrar repúdio ao desmonte do banco público. A abertura da agência da Av. Afonso Pena com a 13 de maio, no centro da Capital, foi atrasada em 1 hora.
Os diretores do SEEBCG-MS distribuíram uma carta aberta aos clientes e à população em geral para conscientizar sobre os prejuízos da reestruturação e os impactos para a sociedade e a economia. Os dirigentes sindicais ainda aproveitaram para conversar com os bancários do BB para conseguir apoio na luta para barrar essa atual reestruturação.
O plano de reestruturação prevê mudanças em 870 pontos de atendimento por meio do fechamento de agências, postos de atendimento e escritórios e a conversão de 243 agências em postos. Cerca de 1.091 bancários do Banco do Brasil que estão na base do SEEBCG-MS poderão ser atingidos pelas mudanças.
“Hoje é mais um dia de luta contra essa reestruturação, que pegou todo mundo de surpresa, sem nenhum debate com os trabalhadores ou movimento sindical. Já estamos mandando ofício e entrando em contato com as autoridades, prefeitos e representantes da Câmara de Vereadores das cidades que serão impactadas, além dos deputados federais e senadores. Assim, buscamos dar visibilidade para a importância do Banco do Brasil para Mato Grosso do Sul”, destaca o secretário de Assuntos Jurídicos do sindicato e bancário do BB, Orlando de Almeida Filho.
Durante a manhã, a presidente do SEEBCG-MS, Neide Rodrigues, juntamente com os diretores do sindicato Rubens Jorge Alencar, também bancário do BB, e Carlos Adriano Rolon, e a secretária geral da CUT-MS, Dilma Gomes, estiveram em Terenos, interior de MS, para dialogar com o prefeito, Henrique Wancura Budke, sobre a mudança de uma das agências do BB na cidade em posto de atendimento (PAB).
“Fizemos reunião com prefeito pedindo apoio para manutenção da agência no município, conseguimos que o mesmo se comprometesse a reforçar seu apoio perante a superintendência do Banco do Brasil, pois entende a necessidade da agência para comércio e investimento local”, afirma Neide Rodrigues.
Ainda de acordo com a presidente, os dirigentes sindicais também se reuniram com os bancários do BB para esclarecer informações e conseguir apoio na luta contra a reestruturação e na mobilização do próximo dia 29. A indicação da CEBB e da Contraf-CUT é que no dia 29 seja realizada uma paralisação nacional de 24 horas.
A mobilização desta quinta-feira contou ainda com o apoio da CUT-MS. “Essas agências são muito importantes para os municípios, pois são os bancos públicos que fornecem crédito para agricultura familiar, obras da construção civil e apoio estudantil, sendo essenciais para a sociedade e para o município. A CUT-MS apoia o sindicato dos bancários em mais essa mobilização para tentar impedir o fechamento das agências”, reforça o presidente da CUT-MS, Vilson Gregório.
O papel social do Banco do Brasil garante o financiamento da casa própria, o FIES, a agricultura familiar e o agronegócio. Além de continuar sendo um banco altamente lucrativo: o lucro líquido do BB nos primeiros nove meses de 2020 foi de R$ 10,189 bilhões.
A mobilização também tomou conta das redes sociais. Durante a manhã, os representantes dos trabalhadores subiram a hashtag #MeuBBValeMais, ampliando o debate sobre a importância da instituição e os prejuízos do desmonte. O SEEBCG-MS continua a campanha contra o desmonte em Campo Grande e nas redes sociais. Saiba como participar.
Por: Assessoria de Comunicação do SEEBCG-MS
Fotos: Reginaldo de Olivera/Martins e Santos Comunicação