Nesta sexta-feira (15/01), Dia Nacional de Luta – os protestos tomaram conta de todo o país para barrar as demissões, o descomissionamento de milhares de funcionários e a extinção dos caixas executivos, além do fechamento de agências da instituição financeira.
O Sindicato dos Bancários de Mato Grosso (SEEB/MT) no início da manhã, retardou por um hora a abertura das agências de Cuiabá e Várzea Grande com os caixas executivos cruzando os braços. Com a adesão maciça dos Caixas, houve o retardamento da abertura de 100% das agências em Cuiabá e 90% em Várzea Grande, o que demonstra a importância dos caixas executivos que estão indignados e revoltados com esse plano de reestruturação do governo Bolsonaro.
Os dirigentes do Sindicato também realizaram Ato Público, reuniões nas agências, dialogaram com os funcionários e clientes e ainda, distribuíram uma Carta Aberta explicando os prejuízos com a privatização do BB.
“Em plena pandemia, com a economia em crise, aumento do desemprego, é uma insensatez e uma maldade, da Direção do Banco e do Governo Bolsonaro, lançar nova reestruturação BB, lembrando que o Governo Temer também fechou agências, extinguiu funções e promoveu demissões. Tudo isso para promover o desmonte do Banco Público, e acabar com o papel social do Banco que é responsável por financiar a agricultura familiar, os pequenos e micros empresários, o esporte, a cultura e muitas outras áreas sociais. Infelizmente, o BB, a Caixa e muitas outras empresas públicas estão ameaçadas pelo governo Bolsonaro, que quer vender o Patrimônio Nacional à iniciativa privada a preço de banana”, explicou o presidente do Seeb/MT, Clodoaldo Barbosa.
“O Sindicato é contra essa política nefasta que irá desempregar milhares de pai e mãe de família, que já estão sofrendo com essa crise sanitária. Não vamos aceitar o corte de 5 mil empregos e mais outros milhares indiretamente com o fechamento de agências, reforçou o presidente do Sindicato dos Bancários de MT.
Desmonte do BB
Para o secretário geral do Sindicato dos Bancários de Mato Grosso (Seeb/MT) e funcionário do BB, Alex Rodrigues, o desmonte do BB é injustificável. “O crescimento do banco, em termos normais, foi de 122% no lucro líquido de 2016 a 2019. Mas mesmo assim reduziu o quadro de funcionários e a quantidade de agências também caiu e foi de 5.428 para 4.370. Queda de 19%. Isso, porque o Banco do Brasil é uma instituição sólida”, frisou Alex.
O plano ainda atinge em cheio a renda dos funcionários com os descomissionamentos e fim da atividade de caixa executivo. Vão fechar agências em todo o país, de norte a sul, sobretudo nas regiões e municípios com apenas uma única unidade financeira, deixando grande parcela da população sem nenhum acesso a serviços e atendimento bancário. “Hoje estamos dando o primeiro recado. Os funcionários do BB não aceitaram esse pacote de maldades, vamos resistir! Precisamos também do apoio da população para barrar essa barbaridade com os trabalhadores e com o povo brasileiro”, cobrou o dirigente sindical lembrando que a Greve não está descartada.
Em diálogo e panfletagem com os clientes do BB, o secretário de Assuntos Jurídicos do Seeb/MT e Funcionário do BB, Marcílio Lima, reafirmou a posição do Sindicato em defender os bancos públicos, de reivindicar concurso público para melhorar o atendimento e as condições de trabalho.
Confira a fala dele, na íntegra. Assista ao vídeo: