Os bancários do Banco do Brasil em Rondônia vão cruzar os braços, por 24 horas, na próxima sexta-feira (29/1) em protesto contra a reestruturação anunciada pelo banco no último dia 11, e que prevê a extinção de milhares de empregos e o fechamento de centenas de agências, escritórios e postos de atendimentos (PA’s) em todo o país.
A paralisação foi aprovada com índice de 78,43% dos participantes da assembleia extraordinária específica (virtual) realizada pelo Sindicato dos Bancários e Trabalhadores do Ramo Financeiro de Rondônia (SEEB-RO) das 8 às 18 horas desta segunda-feira (25). A votação contou ainda com 13,73% de votos contrários e 7,84% de abstenções.
A assembleia – que aconteceu simultaneamente em todos os estados – novamente foi no formato virtual em atenção às recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e órgãos governamentais de saúde pública para se evitar a propagação do novo coronavírus (SARS-COV-2) e inibir o avanço da covid-19.
“O resultado deixou bem evidente a insatisfação e indignação dos trabalhadores com este desmonte que o governo federal está fazendo com o Banco do Brasil. Em vez de contratar mais trabalhadores para oferecer um atendimento mais humanizado e digno à população, o banco surge com essa proposta indecente de demissão e fechamento de agências, descomissionamento e extinção da figura do caixa. Em Rondônia este caos vem causando o sofrimento a trabalhadores, clientes e usuários ano após ano, seja pela falta de funcionários nas agências, seja pelos claros que nunca são preenchidos. E com a demissões de centenas de trabalhadores e sem nenhum concurso público previsto, o que já era ruim vai ficar ainda pior. Os clientes serão penalizados, pois com menos funcionários, as filas serão ainda maiores, o atendimento será muito mais demorado e as pessoas agora terão menos agências para ter algum atendimento ou, em algumas localidades, nenhuma. Portanto, diante dessa postura intransigente do Banco do Brasil, os bancários de todo país decidiram por esta paralisação de 24 horas na sexta-feira, e ela poderá vir a se tornar por tempo indeterminado caso o banco se negue a rever determinados e importantes pontos deste danoso processo de reestruturação”, menciona José Pinheiro, presidente do Sindicato.
O dirigente enfatiza que é de extrema importância a participação de todos os bancários de todas as funções, não apenas aqueles que tem a função de caixa.
“É hora dos trabalhadores se unirem, pois estamos diante de uma ameaça real de desmonte do Banco do Brasil, ameaça esta que parte de um governo que está fazendo de tudo para enfraquecer as empresas públicas para tentar privatizá-las e vendê-las a preço de banana. Portanto conclamamos a todos os trabalhadores para participarem desta paralisação, pois o BB é o banco do Brasil, e não do presidente ou do Ministro da Economia”, acrescenta Pinheiro.