Nos dias 01 e 03 de novembro, o Sindicato dos Bancários do Pará recebeu 83 bancários e bancárias que integravam o Quadro de Apoio do Banco da Amazônia para realizar as homologações de desligamento do banco a partir do protocolo conciliado no Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região (TRT8) para que este segmento não fosse demitido sumariamente e em massa, como pretendia a direção do Basa desde 2021.

Em todo país foram 96 adesões, número este que ainda não representou 80% do público-alvo e, por este motivo, o processo de adesões do Quadro de Apoio ao protocolo do TRT segue até o dia 31 de dezembro. Até lá, caso este percentual seja atingido, haverá a desistência da atual ação movida pelo Sindicato dos Bancários e AEBA e o Banco fica obrigado a refazer os estudos sobre o Quadro de Apoio remanescente. De toda forma, o aviso de demissão publicado pelo Basa em junho de 2022 perdeu efeito jurídico e não poderá mais ser executado como pretendia a direção do Banco.

O primeiro bancário do Quadro de Apoio a assinar a homologação de desligamento foi o senhor Manoel de Souza Matos, que dedicou 38 anos da sua vida ao Banco da Amazônia.

“Esse dia representa muito para mim, muito orgulho e satisfação por ter trabalhado no Banco da Amazônia, onde fui muito feliz por realizar todos os meus sonhos e hoje saio com muita honra, pela porta da frente, com muito orgulho. A luta que o Sindicato dos Bancários fez em defesa do Quadro de Apoio valeu e muito, agradeço ao Sindicato por tudo o que fez por nós”, declarou.

A segunda pessoa a realizar sua homologação de desligamento foi a bancária Ana Lúcia de Matos Carvalho, que também trabalhou por 38 anos no Basa.

“Esse dia representa para mim um dia de vitória, um dia de dever cumprido, onde dediquei parte da minha vida a uma instituição. É uma saída que eu considero vitoriosa. Agradeço a todas as instituições, ao Sindicato, à AEBA, que lutaram para que nós saíssemos pela porta da frente, com a cabeça erguida, para que não fossemos dispensados de qualquer jeito”, afirmou.

Para o diretor jurídico do Sindicato dos Bancários e empregado do Banco da Amazônia, Cristiano Moreno, a não compulsoriedade da saída do Quadro de apoio foi uma vitória da luta da categoria.

“Nós entendemos que esses dias de homologação foram uma vitória da dignidade do Quadro de Apoio, pois os colegas puderam analisar e decidir se queriam ou não sair do banco, não houve compulsoriedade, pois o desligamento por adesão é uma opção individual de cada empregado, que avaliou se a saída era vantajosa ou não, e isso foi resultado de muita luta que fizemos em defesa deste segmento do Banco”, ressaltou.

O secretário geral do Sindicato, Sérgio Trindade, que é coordenador da comissão de empregados do Basa e integrante do Quadro de Apoio, avaliou que esses dias de homologação foram históricos para as lutas do Sindicato.

“Esses dias foram importantes e históricos para nós do Sindicato. Fizemos aqui 83 homologações de desligamentos de integrantes do Quadro de Apoio do Basa. Isso para nós, acima de tudo, representa a luta que travamos para reconhecer e dar dignidade a esses bancários e bancárias que dedicaram muitos anos ao Banco. Essas homologações só foram possíveis através da luta, da nossa resistência, de várias ações que fizemos para chegar até aqui. Enquanto dirigente sindical temos a certeza do dever cumprido e, para mim que sou do Quadro de Apoio, representa minha história e relação com esses colegas e com o Banco. A luta continua, pois nem todos aderiram, e seguir na luta é a missão do Sindicato dos Bancários do Pará”, destacou.

Fonte: Bancários PA