O ano de 2022 promete muita luta e resistência em defesa do emprego no Banco da Amazônia. Na terça-feira 11, o Sindicato dos Bancários do Pará realizou a primeira reunião do ano com os integrantes do Quadro de Apoio do banco, para organizar um calendário de ações contra a demissão em massa desse segmento na instituição e atualizar os integrantes sobre os desdobramentos jurídicos em favor dos empregados.
Na oportunidade, Luciano Meireles, que integra o escritório de advocacia Mary Cohen, informou que o Ministério Público do Trabalho notificou o Banco da Amazônia no dia 07/01/2022 para que apresente parecer jurídico sobre as demissões em massa dos integrantes do Quadro de Apoio, além da lista com todos os afetados e o cronograma de demissões elaborado pelo banco. O prazo para que o banco apresente todos esses dados é de 20 dias, a contar do dia 08/01.
Nessa quinta-feira 13, às 15h, o Sindicato dos Bancários do Pará, Contraf-CUT e Fetec-CUT Centro Norte irão reunir com o Banco da Amazônia, para discutir a situação geral do Quadro de Apoio e não apenas as demissões.
“Não vamos para essa reunião para negociar nenhum acordo de demissão. Queremos entender como o banco pode querer demitir todo um segmento profissional que está ajudando a instituição a ter lucro em seu balanço financeiro. Os empregados do Quadro de Apoio do Banco da Amazônia são funcionários públicos federais concursados e exigimos respeito a esses trabalhadores e trabalhadoras que dedicam sua vida ao fortalecimento dessa instituição. Para nós, a mesa de negociação pode ser um caminho democrático capaz de reverter essa decisão absurda do banco, de promover demissões em massa em plena pandemia”, afirma a presidenta do Sindicato dos Bancários do Pará, Tatiana Oliveira.
“O presidente do Banco da Amazônia enviou mensagem aos empregados onde afirma que tem interesse de negociar individualmente as demissões dos integrantes do Quadro de Apoio. Nossa orientação é para que os colegas não aceitem nenhum acordo individual de demissão. O presidente também fala que não pode enquadrar o Quadro de Apoio no corpo de técnicos bancários da instituição por se tratar de desvio de função, o que é uma grande contradição, pois muitos dos nossos colegas do Quadro de Apoio já assumiram, inclusive, cargo de gestão, situação recorrente para este segmento desde a década de 80. Sabemos que é difícil, mas precisamos manter a tranquilidade e fortalecer nossa unidade e resistência em defesa dos nossos empregos”, destaca o coordenador da comissão de empregados do Banco da Amazônia e membro do Quadro de Apoio, Sérgio Trindade.
Na próxima sexta-feira 14, às 8h, as entidades sindicais estarão junto com os empregados do Banco da Amazônia em uma manifestação pública em frente à matriz do banco, para defender o emprego e denunciar para a sociedade o plano do Banco da Amazônia de demissão em massa do quadro de apoio.
Fonte: Bancários PA