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21 de Setembro de 2021 às 07:21

Seminário debate CASF e desafios para a saúde no Banco da Amazônia


O segundo e último dia do Seminário de Saúde dos Empregados do Banco da Amazônia, realizado nessa quinta-feira 16/09, pela plataforma Zoom Meeting, foi dedicado à análise da realidade da Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco da Amazônia – CASF e dos desafios colocados para a categoria no que diz respeito às políticas de saúde dentro da instituição.

A abertura dos trabalhos do segundo dia do evento teve a participação da presidenta do Sindicato dos Bancários do Pará, Tatiana Oliveira, que destacou a importância da realização do seminário antes da mesa permanente sobre saúde com o Banco da Amazônia, prevista para ocorrer agora em setembro.

O presidente da Fetec-CUT Centro Norte, Cleiton Silva, também participou da saudação do segundo dia de Seminário e ressaltou a necessidade de atualização da pauta de reivindicações de saúde dos empregados do banco, sobretudo nesse momento de pandemia e de ameaças de privatizações dos bancos públicos.

Um novo tempo para a CASF

A atual presidenta da CASF, Sofia Cardoso, fez uma palestra que levou os participantes a mergulhar na história da Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco da Amazônia e a conhecer os resultados administrativos que vem ocorrendo em sua gestão, que tem retirado a CASF de uma situação de falência iminente para uma recapitalização da instituição.

A CASF foi criada pelo Banco da Amazônia em março de 1982, com o objetivo de prestar assistência à saúde de seus empregados, através de planos e programas de saúde. É uma associação autogestionada sem fins lucrativos e atende a um público específico, que são os empregados do banco.

Porém, em 1996, o Banco da Amazônia atendeu a uma recomendação do Tribunal de Contas da União – TCU e deixou de patrocinar a CASF para, assim, se tornar o único banco público federal a não patrocinar uma Caixa de Assistência à Saúde para seus empregados, o que colocou a CASF a ser gerida inteiramente pelos associados e, por um bom tempo, atendendo satisfatoriamente seus objetivos de assistência à saúde dos seus associados.

Sofia Cardoso apresentou dados que mostram que em 2018, quando assumiu a administração, a CASF tinha um patrimônio líquido negativo na ordem de R$ 17,2 milhões, um resultado financeiro negativo de R$ 12,4 milhões e uma dívida com prestadores de serviços superior a R$ 26 milhões, o que provocou um regime de direção fiscal determinada pela Agência Nacional de Saúde – ANS, desde março de 2018.

Entretanto, agora em 2021, com uma nova gestão do Plano de Saneamento solicitada pela ANS, os números da CASF mudaram de forma positiva, com um patrimônio líquido positivo na ordem de R$ 20,7 milhões, resultado financeiro positivo de R$ 3,9 milhões e uma dívida que agora está na casa dos R$ 5,1 milhões.

A CASF atende hoje 6.356 vidas, a maioria nas faixas etárias de 59 anos e mais (42,2%) e de 0 a 18 anos (16,08%), e com a disponibilidade para novos ingressantes, os Planos Unicasf Nacional e, agora, também o Plano Unicasf Regional Enfermaria, esse, para diminuir os custos do plano e ampliar o número de adesões de novos empregados do Banco da Amazônia

Para Sofia Cardoso, esse novo tempo que a CASF vive é fruto de um trabalho sério, com competência técnica e transparência com os associados.

“Modernizamos nosso parque tecnológico, reduzimos despesas administrativas, fizemos um plano de parcelamento para pagamento total das nossas dívidas, incentivamos a migração para o Plano Unicasf Nacional e criamos o Plano Unicasf Regional com Enfermaria, recuperamos credibilidade no mercado com o retorno dos Hospitais Adventistas de Belém e Manaus a nossa rede credenciada, mudamos de sede, capacitamos colaboradores, implantamos um novo modelo de governança na CASF Corretora, ampliamos nossa relação de parceria com o Banco da Amazônia, dentre outras medidas que já nos permitiram solicitar em julho de 2021 para a ANS o encerramento da participação da direção fiscal”, destaca Sofia Cardoso.

Campanha para novas adesões à CASF

Ela também informou que a CASF fará mudança estatutária para fortalecer seu sistema de governança e um compliance mais seguro. Em outubro desse ano a CASF fará uma campanha de adesão de novos empregados do Banco da Amazônia, além de criar planos de saúde mais acessíveis aos empregados do Banco da Amazônia e administrar fundos de outras entidades que não possuem expertise de gestão.

As políticas de saúde do Banco da Amazônia

A segunda palestra do último dia do Seminário de Saúde foi dedicada às políticas de saúde no Banco da Amazônia, apresentada por Anderson Pereira, da Gerência de Pessoal do banco – GEPES. Ele apresentou um resumo do programa de assistência à saúde no banco.

Atualmente, o Banco da Amazônia possui 2.231 empregados assistidos no seu programa de saúde, entre empregados da ativa, aposentados e pensionistas e dirigentes e conselheiros, o que se estende também a cônjuges, companheiros ou companheiras de união estável, filhos, adotivos, enteados e menores sob tutela.

Anderson destacou que para participar do Plano de Assistência à Saúde do banco é necessário solicitação do beneficiário e aprovação da GEPES, sendo que os beneficiários têm livre escolha para seu plano de saúde, desde que estes ofereçam, pelo menos, consultas, atos médicos, exames laboratoriais e radiológicos, além de internações clínicas e cirúrgicas.

O Banco da Amazônia adota a política de reembolso, proporcional às faixas salariais, mediante comprovação de pagamento da mensalidade do plano de saúde dos beneficiários.

A maioria dos empregados do Banco da Amazônia utiliza planos de saúde com abrangência nacional e com acomodação de apartamento, sendo que 49,1% utilizam planos da CASF, seguidos por 40,4% da Unimed e 7,2% do Bradesco. A maior faixa etária assistida é de 39 a 48 anos.

Os desafios para os empregados

“Diante de todo esse cenário apresentado, vimos que mais de 600 empregados do Banco da Amazônia estão fora do Programa de Assistência à Saúde. Isso é um problema sério que precisa ser resolvido, além de melhorarmos o sistema de reembolso, pois o Banco da Amazônia faz seu reajuste pelo índice da ANS, enquanto os planos reajustam pela Inflação Médica, ou seja, os empregados ficam no prejuízo e com muitas dificuldades para arcar com os custos dos planos”, destaca a diretora do Banco da Amazônia e empregada do Banco da Amazônia, Suzana Gaia.

“O seminário proporcionou esclarecimentos e informações de saúde não apenas gerais, mas, principalmente no que está vinculado ao uso de planos de saúde pelos empregados do banco e a política adotada pela empresa. Está na agenda da Mesa Permanente com o Basa, o tema de saúde para os empregados do banco. Muito importante o que foi debatido no seminário, pois ratificamos o quanto a saúde é um bem indispensável para qualquer pessoa exercer plenamente suas atividades e ter seu potencial de produtividade em condições saudáveis”, avalia o coordenador da comissão de empregados do Banco da Amazônia, Sérgio Trindade.

Ele também destaca que “a política de saúde de uma empresa, no entanto, deve se constituir em programas e ações preventivas que possam evitar adoecimento, e com a participação no custeio a assistência aos empregados em planos de saúde, e que na parte do empregado não torne oneroso a ponto de comprometer a capacidade de sustentá-lo. A partir desse seminário, saímos de outro patamar de compreensão sobre o cenário em que nos encontramos para buscar melhorias que atendam às necessidades dos empregados do banco”, conclui.

Fonte: Bancários PA


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